Lusofonias Diciopatia bovina «Foi você que pediu um bom título?» Intitula-se assim o livro que Dinis Manuel Alves, jornalista, publicou na Quarteto. Não o li nem o vi; soube do iminente lançamento no dia em que um ultimato não britânico me fez saber que teria de entregar esta crónica mais cedo do que julgava possível, por razões técnicas (ou futebolísticas segundo rumores não confirmados mas, se calhar, bem verdadeiros). Francisco Belard · 30 de maio de 2003 · 4K
Lusofonias Lula e a língua do povo O português falado pelo presidente do Brasil levanta debate sobre a influência da oralidade no idioma culto e no ensino de gramática nas escolas Na última campanha eleitoral, parece que nenhum candidato criticou outro pela indigência formal do discurso ou por supostos erros gramaticais, embora tivesse havido abundantes escorregões nas falas de improviso de todos eles. Escorregões em relação à língua culta, claro. Nas gravações dos programas eleitorais, no entanto, havia equipes filtran... Josué Machado · 30 de maio de 2003 · 5K
Lusofonias Os três círculos da lusofonia Situa-se a lusofonia na convergência de várias dinâmicas que a História lusa tem despertado ao longo dos séculos: a das utopias de Vieira, Sílvio Romero, Pessoa, Agostinho da Silva e muitos outros, e a dos factos e situações criadas a partir da colonização portuguesa e das opções livres partilhadas pelos novos países que reafirmaram a língua portuguesa como sua língua materna, oficial ou segunda. Fernando Cristóvão · 16 de abril de 2003 · 9K
Lusofonias A língua portuguesa na Galiza Na Galiza se digladiam ainda duas posições quanto à normalidade da língua portuguesa do povo galego lusófono: uma lusófona/lusógrafa e outra hispanófona/hispanógrafa; o ditador Franco, antes de falecer, deixou instituída a monarquia na pessoa do chefe de Estado Juan Carlos de Bourbon e, daí, se derivaram influências nefastas para a normalização das línguas não castelhanas do Estado espanhol: português da Galiza, basco, catalão. José Luís Fontenla · 4 de abril de 2003 · 10K
Lusofonias Os “maquisards” da língua A última frase de um texto transcrito pelo Ciberdúvidas é «E todos têm razão» (1). Frase essa que me faz reflectir muito sobre as discussões ininterruptas que tenho presenciado ou de que tenho notícia nos últimos tempos. Discussões a propósito, precisamente, da propriedade de quem fala e como fala o Português e da razão que seria um atributo distribuído com parcimónia aos falantes da língua e, apenas, a alguns falantes. Ida Rebelo · 21 de março de 2003 · 3K
Lusofonias Kinta-feira! Quando soube pelo "Expresso" de sábado que a nossa mascote para o Euro'2004 é «um rapaz de cabelo espetado, com ar de reguila, e de nome Quinas» fiquei ligeiramente intranquilo. Apesar de o cabelo espetado repelir a possibilidade de o reguila usar o bivaque do Chefe de Quina da antiga Mocidade Portuguesa, o nome é demasiado marcante. A principiar pelas quinas da nossa bandeira. Manuel Tavares · 20 de março de 2003 · 3K
Lusofonias Ecuménica e científica Acaba de ser ligeiramente reestruturada e adaptada aquela que, há 5 anos, foi a primeira e continua hoje a ser a única Licenciatura em Ciência das Religiões de todas as Universidades Portuguesas. No momento em que, por exemplo, na França «republicana e laica», se discute o projecto da criação, em todas as Escolas, de uma disciplina obrigatória de História e Ciência das Religiões e em que fundamentalismos religiosos de vário género (desde os Islamitas aos Bushianos) ameaçam a paz, a boa... Fernando dos Santos Neves · 14 de fevereiro de 2003 · 4K
Lusofonias Falar Português bem ou mal Aproveito uma recente dúvida para retomar questões que vêm à tona em algum momento, de forma inexorável, sempre que o assunto é língua portuguesa. A primeira delas é: estabelecida uma escala de avaliação cujos extremos poderiam ser, respectivamente, duas quaisquer imagens correspondendo uma ao inferno outra ao paraíso, onde se encaixa o Português falado no Brasil? Ida Rebelo · 4 de fevereiro de 2003 · 4K
Lusofonias Em defesa da língua portuguesa Quando falamos na defesa da língua portuguesa teremos, antes de mais nada, de equacioná-la em função da Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa, uma vez que só através dela somos a quinta língua mais falada no mundo. Como afirma Eduardo Lourenço, «uma língua não é uma realidade com futuro, nem sequer presente, por direito divino. É um ser espiritual vivo, intrinsecamente mortal, no meio de outras línguas, expressão de históricas vontades de poderio, de sedução, de afirmação identitári... Elsa Rodrigues dos Santos · 16 de janeiro de 2003 · 5K
Lusofonias Que fazer com a nossa língua? Por circunstâncias históricas o Português, a partir do século XV, disseminou-se “pelas quatro partidas do mundo”, difundido por marinheiros, mercadores e missionários. Do Brasil a Macau. Do litoral das costas africanas à Índia e Timor. No século XVI, o Português foi língua de comunicação internacional, língua franca, língua global. Esta herança histórica permanece ainda viva, o Português actualmente é a sexta língua materna a nível mundial, língua oficial de oito Estados, espalhados por quatr... José Manuel Matias · 6 de janeiro de 2003 · 4K