Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Controvérsias Género e linguagem inclusiva
Polémicas em torno de questões linguísticas.
Como a linguagem neutra<br> virou guerra cultural no Brasil
O viés masculino na linguagem

Como o movimento feminista contra o «viés masculino na linguagem» virou um verdadeiro campo de batalha linguístico no Brasil, à volta do uso de «todes» em vez de «todos» e  a recusa de termos masculinos que se refiram a grupos de pessoas de géneros distintos. 

 Trabalho da BBC News, com a data de 7 julho 2023. Transcrito integralmente do original, com a devida vénia.

A linguagem neutra nas escolas brasileiras
Sobre a proibição do género neutro no ensino

O teor do Projeto de Lei 198/2023, que tramita na Câmara dos Deputados do Brasil e procura alterar a Lei de Diretrizes e Bases na Educação para proibir a linguagem neutra nas escolas, está na base da reflexão de David Nogueira Lopes, especialista brasileiro em Direito. 

As implicações do masculino genérico
Em defesa da linguagem inclusiva

«Nesta crónica proponho-me a deixar claras algumas das implicações efetivas do uso do masculino universal, quer em situações imediatas de ação, quer na memória associativa prolongada — os chamados estereótipos que residem em todas, todes e todos nós de alguma forma», defende Clara Não, em artigo de opinião divulgado no jornal Expresso, em 20 de fevereiro de 2023.

A inclusão ou exclusão das palavras
«Armas de destruição maciça»

«Um dos maiores problemas com que a linguagem inclusiva se depara é com o modelo patriarcal e machista da sociedade que modela os idiomas», sustenta neste artigo* a deputada do Bloco de EsquerdaAlexandra Manes.

 

Artigo transcrito, com a devida vénia, da página Esquerda.net

Mais categorias não nos excluem, aumentam-nos
Demandas por uma linguagem inclusiva e não violenta
«É possível continuar a ser cis e hétero, manter famílias e divisões de género tradicionais, basta abdicar do conforto de ser a norma, moral ou linguística» – sustenta* a psicóloga e  docente universitária portuguesa Joana Cabral, contrariando o artigo "Porque é que 'todes' não é todos, nem todas?", da autoria do político e historiador José Pacheco Pereira.
 
*in jornal Público do dia 14 de julho de 2022.
Porque é que “todes” não é todos, nem todas?
Uma miríade de classificações

«A polémica sobre aquilo que é entendido como linguagem “inclusiva” já dura há vários anos. Toda uma série de neologismos está a crescer a cada dia, associada a uma suposta autoridade moral no seu uso» – sustenta o historiador e político José Pacheco Pereira, em artigo publicado no jornal Público no dia 9 de julho de 2022, acerca de termos como «não binária», queer, transLGBTI-Fobia, gay, «expressão de género», etc., que, na sua opinião, podem não ser tão inclusivos como se pretende. O autor segue a norma ortográfica de 1945.

 

Cf. Mais categorias não nos excluem, aumentam-nos 

A gramática e o género
Posições que ferem a igualdade de género

«Presidente, para quem não sabe, é o particípio presente do verbo "presidir". Assim era no latim (praesidente(m), no acusativo). Ora, no particípio presente, apenas existe uma forma, seja para o masculino, seja para o feminino» – afirma o professor universitário Carlos André, num artigo onde analisa a questão do género do ponto de vista etimológico e morfológico. Apontamento da página de Facebook do autor, em 13 de fevereiro de 2022 (artigo aqui transcrito com a devida vénia).

Linguagem neutra no Brasil
Um processo lento e dependente do contexto social
«A linguagem neutra tenta tirar o idioma do binarismo» defende a autora neste artigo que, com a devida vénia, se transcreve a seguir na integra do portal brasileiro Queer, com a data de 27 de agosto de 2021.
Artigo que, com a devida vénia, se transcreve a seguir na integra do portal brasileiro Queer, com data de 27 de agosto de 2021. Artigo que, com a devida vénia, se transcreve a seguir na integra do portal brasileiro Queer, com data de 27 de agosto de 2021.
 
Parceiros sociais vão ter manual para dialogar de forma
A linguagem inclusiva nos organismos oficiais de Portugal

População trabalhadora, em vez de «os trabalhadores», pessoas desempregada em substituição de «os desempregados» e grupo de pensionistas no lugar de «os pensionistas» são algumas das propostas constantes do novo manual de comunicação do Conselho Económico e Social, visando a neutralidade linguística e inclusiva.  As razões destas alterações, ainda em discussão (polémica) interna no organismo de concertação social português, segundo o respetivo presidente, o sociólogo Francisco Assis – nesta notícia assinada pela  jornalista Rosa Pedroso Lima, publicada no semanário Expresso de 12 de março de 2021 .

 

 

“Camarados” II
A linguagem inclusiva contra a agenda patriarcal
Por Pedro Filipe Soares

«A linguagem inclusiva é mais um passo numa luta em várias frentes com um mesmo objetivo: vencer a agenda patriarcal» – afirma o político português Pedro Filipe Soares, presidente do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, na legislatura de 2019-2021. Artigo de opinião incluído na edição de 20 de novembro de 2018 do jornal Público.