Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

A unificação ortográfica dos países de língua portuguesa, que vem sendo protelada desde a assinatura do acordo, em 1991, "pode nunca entrar em vigor". É o que admitiu o presidente da Comissão de Definição da Política de Ensino, Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), Godofredo de Oliveira Neto.

Mudanças ortográficas: necessárias, desnecessárias e tímidas?

 

Há pelo menos uma década e meia, um coro de vozes espalhou a notícia de que o trema fora abolido. E aquilo, na concepção de muitos, virou decreto. Daí para cá, é um Deus nos acuda para convencer os alunos de que o trema não caiu. Pior que isso é ver que, junto com o trema, defenestraram também os acentos agudo, circunflexo, e até o grave que indica a ocorrência da crase. “Acento!? Já não cai...

O «medo estúpido» de Portugal <br> do domínio do Brasil nos PALOP

Em declarações à agência de notícias Lusa, o coordenador do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, João Malaca Casteleiro, acusou as autoridades portuguesas de entravarem o Acordo Ortográfico por «um medo estúpido de que o Brasil, através da ortografia, reconquiste os países africanos de língua portuguesa e os leve para o seu lado, o que é completamente descabido e mau para a língua portuguesa». Transcrição integral destas declarações, a seguir.

 

 

 

Um dos mais conceituados linguistas portugueses, Malaca Casteleiro, acusou ontem Portugal de estar a entravar o acordo ortográfico com os países lusófonos por um “medo estúpido” do domínio do Brasil. O linguista, que tem participado nas tentativas de acordo da unificação ortográfica nos países de língua oficial portuguesa, fala mesmo num “cisma” entre Portugal e Brasil que “se arrasta há mais de um sé...

«Nas relações luso-brasileiras, parece por vezes existir um tropismo no sentido da dramatização das pequenas dissonâncias, como se o entendimento mútuo tivesse ciclicamente de passar por renovadas provas. A questão do Acordo Ortográfico parece estar a ser um desses temas, como se uns anos a mais ou a menos na conclusão de um texto trouxessem algum mal ao mundo, que viveu sem ele até agora», escreve...

«Não pode mais acontecer darmos livros didáticos para Angola e eles serem queimados porque a ortografia é diferente», argumenta-se do lado brasileiro. A verdade é que tudo volta a estar em aberto, por causa das reticências portuguesas e do silêncio das autoridades angolanas.

Por Ciberdúvidas/RDP-África

A emissão do programa Língua de Todos de segunda-feira, dia 17 de Setembro, depois das 19h20 (hora de Portugal), na RDP-África, tem como tema central a adopção de uma mesma norma ortográfica para todo o espaço da língua portuguesa. Contará com depoimentos dos escritores portugueses, pró e contra, Francisco José Viegas e Vasco Graça Moura, da poetisa e historiadora angolana Ana Paula Tavares, e do poeta guineense Tony Tcheka.

Prós e contras de um (des)acordo

Quais as vantagens e as desvantagens de um acordo ortográfico para a língua portuguesa? E em relação a este, em concreto, o que dizer dele? E o que têm a ganhar e a perder os oito países lusófonos, nomeadamente Portugal e Brasil? Texto da jornalista Filipa M. Gouveia e opiniões dos linguistas Paulo Osório e Cármen Gouveia, aqui.

 

O Brasil mostrou insatisfação por Portugal colocar entraves à aplicação do Acordo Ortográfico, informou a Rede Globo. Com a indecisão do Governo de Lisboa – segundo o Portugal Diário, que retoma a notícia –, a reforma ortográfica do português pode ter assim de esperar mais uma década até ser aplicada.

A propósito da notícia de o Governo português pretender  uma moratória de dez anos para a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico (com o objectivo ponderável de proteger as editoras portuguesas) talvez esteja esquecido o seguinte: