Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

Com os votos de PS, PSD, Bloco e CDS, e a abstenção do PCP, o acordo tem aprovação garantida; mas, mesmo assim, vão ouvir-se críticas

O Acordo Ortográfico, que será hoje [dia  16 de Maio de 2008] discutido e votado na Assembleia da República, continua longe de ser um tema consensual — mesmo no PS há vozes discordantes, a começar pela de Manuel Alegre. No PSD, Zita Seabra é a crít...

O noticiário da imprensa portuguesa veicula as razões que levaram numerosas personalidades da cultura do país a assinar o Manifesto-Petição contra o Acordo Ortográfico de 1990 [cujo protocolo modificativo foi ratificado pela Assembleia da República, no dia 16 de Maio de 2008] pelo qual se propõe a unificação ortográfica nos países de expressão oficial de Língua Portuguesa. (...)

Vasco Graça Moura escreveu um poema celebrando o sexto aniversário do blogue de Pacheco Pereira, cujo título é Abrupto, e aproveitou a ocasião para lhe lamentar a queda do p pelo novo acordo ortográfico, jurando que havia de pôr luto se o abrupto ficasse abruto. É bonito, sim, senhor. Mas não é verdade: o p em abrupto não é uma consoante muda e, pronunciando-se, continuará na palavra escrita.

Deixar ao livre-arbítrio de cada cidadão a escolha da grafia é completamente absurdo

Deverá ser [dia 16 de Maio de 2008] votada na Assembleia da República uma proposta de resolução aprovada pelo Governo [português] que poderá levar o Acordo Ortográfico de 1990 a ter força de lei. Apesar de não ser o Acordo que vai ser apreciado, mas apenas os mecanismos legais da sua entrada em vigor nos países signatários, ...

Mais do que um simples aeroporto

O manifesto Em Defesa da Língua Portuguesa foi colocado em linha na Internet no dia 2 de Maio e entregue na Assembleia da República no dia 8, em audiência para o efeito concedida por Jaime Gama.

Já contava então 17 300 assinaturas, o que é um número recorde para seis dias. No momento em que escrevo, domingo, 11 de Maio, pelas 12:00, já foram ultrapassadas as 25 500!

Convém, por isso, explicar as razões por que o documento continua e continuará em linha para recolha de assinaturas:

A polémica, de novo. Foi assim nos anos 90, quando a Assembleia da República ratificou o Acordo Ortográfico (AO). E já assim tinha sido em 1911, a propósito da chamada «reforma de Gonçalves Viana», muito boa, por sinal, mas considerada, na altura, «contraproducente, selvagem, antipatriótica, inoportuna, descriteriosa, antifilosófica, mal fundamentada, ridícula...».

D´Silvas Filho julga oportuno prestar alguns esclarecimentos sobre os supostos erros que uma notícia publicada no Diário de Notícias de 8 de Maio de 2008 (ver Pelourinho) atribui ao texto do novo Acordo Ortográfico.

Está em curso a ratificação, pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), de um acordo ortográfico. E as pessoas posicionam-se, umas a favor, outras contra.

Para se tratar este assunto, talvez seja pertinente lembrarmo-nos do que é a ortografia: a arte de escrever correctamente as palavras de uma língua. Mas o que significa correctamente? Neste contexto, correctamente significa «de acordo com uma ...

A mãi e o pae da ortographia portugueza

Precisamos de variar a variação das variantes do português. Não tenho a propósito do acordo ortográfico nenhuma grande paixão. Acho natural que as línguas mudem e parece-me inevitável que algumas dessas mudanças se efectuem pela força do uso (seja através da importação do estrangeiro, seja por corrupção, modismos e neologismos) e outras pelo uso da força (a via normativa, vulgo acordo ortográfico)....

A actual controversia orthographica remonta á reforma de 1911, a qual teve duas consequencias notaveis e nefastas: no plano da lingua escripta, a physiognomia graphica da lingua portugueza foi profundamente alterada - attente-se no titulo e no primeiro periodo d’este artigo graphados em orthographia antiga que ninguem terá difficuldade em ler; no plano social e político, a ortografia, consignada em texto legal, tornou-se questão de Estado e passou a depender do arbítrio da classe política.