Entrevista a Evanildo Bechara, gramático e membro da Academia Brasileira de Letras, no Programa do Jô (Rede Globo) em 2008.
Pontos mais salientes:
Entrevista a Evanildo Bechara, gramático e membro da Academia Brasileira de Letras, no Programa do Jô (Rede Globo) em 2008.
Pontos mais salientes:
«A escrita é uma convenção, que se pode alterar como e quando quisermos, sem que isso afete a língua», recorda-se neste texto, cujo o autor, linguista moçambicano, rebate nele, «por incoerentes ou infundados», alguns argumentos mais recorrentes dos que se opõem ao Acordo Ortográfico de 1990. In blogue Travessa do Fala-Só.
«Inútil [a polémica à volta do Acordo Ortográfico], porque sendo o português a língua oficial adotada por oito Estados soberanos, que outros instrumentos, além do tratado internacional, seriam aptos para selar os compromissos de política da língua que os representantes destes povos entenderem úteis?» Artigo publicado no "Jornal de Notícias", de 7/03/2014.
Na sequência de uma petição pública que reclamava a desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico, a Assembleia da República aprovou a Resolução 890/XII/3.ª em 28/02/2014, em que recomendou ao Governo a «criação urgente de um Grupo de Trabalho sobre a Aplicação do Acordo Ortográfico». Entre as diferentes reações na comunicação social portuguesa e as várias tomadas de posição, pró e contra, que antecederam o debate parlamentar ou que a este se seguiram, registam-se:
«O AO é, desde o seu início, uma enorme ilusão e um gigantesco erro» – afirmou a direção editorial do jornal Público no mesmo dia em que o parlamento português discutiu três projetos de resolução apresentados por diferentes grupos de deputados na sequência de uma petição pública para desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico (foi aprovado o projeto de resolução 890/XII ).
Há duas maneiras de discutir o Acordo Ortográfico, na visão do historiador português Rui Bebiano : «[u]ma positiva e honesta, que coloca problemas autênticos, dúvidas compreensíveis e objeções que são legítimas; a outra encrespada e agressiva, empapando a discordância de azedume, erros e até embustes» (artigo publicado a 1 de março de 2014 no jornal As Beiras).
No contexto da querela sobre o Acordo Ortográfico, o deputado português Carlos Enes recorda a posição tomada pela poetisa Natália Correia num debate parlamentar ocorrido em 1991 (texto publicado nas páginas da Antena 1 - Açores).
Na sessão em que se discutiu o Acordo Ortográfico (AO) na Assembleia da República (Maio de 1991), Natália Correia assumiu a defesa do mesmo, em nome da bancada do Partido Renovador Democrático (PRD), liderado pelo general Ramalho Eanes.
O escritor português Mário de Carvalho declara opor-se ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mas lembra que «há, de um e do outro lado, pessoas que merecem respeito e cujo apreço pela Língua portuguesa não pode ser posto em causa», num artigo publicado em 25/02/2014 no semanário Sol.
O historiador e comentador político português José Pacheco Pereira manifesta-se contra o novo acordo ortográfico (AO), fazendo uma avaliação política negativa do impacto desta mudança em Portugal (juntaram-se breves notas editoriais a algumas afirmações; manteve-se a ortografia do original).
« Em Portugal e no Brasil, o Acordo Ortográfico (AO) está em vigor, é aplicado pelas administrações públicas e pela maioria de editores e meios de comunicação e será obrigatório no termo dos períodos de transição. Criticar o AO é certamente legítimo. A título privado e particular, ninguém irá preso se, após o termo do período de transição, não o aplicar. Os puristas poderão continuar a escrever as consoantes mudas e até regressar à ortografia afonsina, certamente mais pura do que aquela que o AO substitui. Falsear as situações existentes é, porém, inadmissível» — escreve neste texto o jurista Fernando Guerra.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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