Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
Governo angolano diz que há progressos em torno do Acordo Ortográfico
Por Lusa

«Angola e Moçambique têm uma posição comum [em relação ao Acordo Ortográfico], houve algum progresso», afirmou Chikoti, em conferência de imprensa, após um encontro em Maputo com o seu homólogo moçambicano, Oldemiro Baloi. (...)

[Texto transcrito do Diário Digital no dia 9 de maio de 2016.]

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Secretário executivo da CPLP<br> diz que não há volta atrás no Acordo Ortográfico
Por Lusa

«Moçambique e Angola estão a preparar-se para ratificar [o Acordo]. Não vejo qual é o problema. Não há retorno», referiu Murade Murargy em declarações recolhidas pela agência Lusa na cidade da Praia, onde marcou presença na abertura dos trabalhos XI Reunião Ordinária do Conselho Científico do IILP), numa alusão ao declarado pelo PR português, na sua recente visita oficial a Moçambique.

[Transcrição, na integra, do "Diário de Notícias" de 9/05/2016.]

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Acordo Ortográfico sob polémica presidencial

Em Maputo, no decurso da sua visita oficial a Moçambique, declarações do presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o Acordo Ortográfico – nas quais admitia que, «se países como Moçambique e Angola decidirem não ratificar o Acordo Ortográfico, isso será uma oportunidade para repensar a matéria» – relançaram a polémica em Portugal. (...)

[Posteriormente, já em Lisboa, e questionado sobre algumas reações críticas de governantes africanos (caso do ministro da Cultura de Cabo Verde) a uma hipotética reavaliação do Acordo Ortográfico, o Presidente português alterou essa sua posição: «É um não-tema. É uma não-questão».]

Alunos até ao 6.º ano já só escrevem<br> pelo Acordo Ortográfico

Um balanço sobre a adoção do Acordo Ortográfico de 1990 nos ensinos básico e secundário, em Portugal, cinco anos depois da sua introdução oficial, publicado publicado no Diário de Notícias do dia 9 de maio de 2016, com a auscultação de vozes críticas e favoráveis desta reforma do português escrito, no seguimento das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, em Moçambique .

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

As elites bem falantes<br> ou as noções básicas de democracia

O jornalista e escritor Miguel Sousa Tavares reafirma a sua oposição ao acordo: «[...] o AO nasceu porque um restrito grupo de académicos portugueses queria fazer umas viagens à borla ao Brasil e o pretexto encontrado foi o de negociar um acordo ortográfico – que os brasileiros nunca tinham pedido, nunca tinham sugerido e nunca tinham imaginado. E, por isso, os nossos autonomeados embaixadores da língua chegaram lá e disseram aos brasileiros: "Estamos aqui para fazer um AO em que todos os falantes de português passarão a escrever como vocês." Um acto colonial ao contrário.» Texto publicado no semanário Expresso do dia 6 de maio de 2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Marcelo, acordo e desacordo

A respeito das declarações do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o Acordo Ortográfico, transcreve-se um texto do semanário Expresso do dia 6 de maio de 2016, do qual se salienta a seguinte passagem: «[...] Marcelo deu o pior dos argumentos: Angola e Moçambique não terem ratificado o AO. Ora, o português é um idioma que se fala onde? Eu sei que a resposta politicamente correta é: em Portugal. Mas a resposta real é: no Brasil. Marcelo seria útil se tentasse convencer aqueles dois países africanos da importância, também para eles, de uma norma comummente aceite.»

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Tensão entre Governo e Marcelo

Texto transcrito do semanário Expresso do dia 6 de maio de 2016 sobre divergências entre Governo e Presidente da República à volta do Acordo Ortográfico. Relevo para as declarações de Carlos Reis, professor na Universidade de Coimbra: «Há todo um trajeto feito e em boa parte consolidado, mesmo que os opositores do AO não o queiram reconhecer. Nas escolas, na comunicação social, na atividade editorial, na administração pública o AO já é largamente usado, sem sobressaltos que se conheçam e com a ajuda de abundantes ferramentas disponíveis [...].»

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Rejeitar o Acordo Ortográfico?

O jurista e professor universitário Jorge Bacelar Gouveia, declarando que adere ao Acordo Ortográfico de 1990, tece várias considerações sobre esta questão, incluindo aspetos no plano jurídico: «[C]omo seria isso [a inconstitucionalidade da nova ortografia] possível se a sua última versão – a sétima revisão constitucional – foi publicada em 2005, numa altura em que o Acordo Ortográfico não tinha entrado em vigor?» Texto no Diário de Notícias de 5 de maio de 2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

“Acordo” ortográfico e desacordo nacional
Por Editorial do jornal «Público»

Editorial do Público, de 5/05/2016, com o qual este jornal português, reafirmando críticas ao Acordo Ortográfico de 1990, defende a reabertura do debate ortográfico e considera que o pior «é ter este acordo e ter de suportá-lo como cruz de um calvário que alguém reservou só para nós, mesmo sem qualquer razão válida que o sustente».

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Há uma saída airosa para o Acordo Ortográfico?

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, no decurso da sua visita oficial a Moçambique, admitiu que, se este país e Angola «não ratificarem o Acordo Ortográfico, isso será uma oportunidade para repensar a matéria». Transcreve-se na íntegra o trabalho que o jornalista Luís Miguel Queirós publicou no jornal Público do dia 5 de maio de 2016 e no qual se sintetiza assim esta discussão relançada: «Ninguém antevê ainda o passo seguinte, e os adversários do AO dividem-se entre os que querem rasgá-lo e os que acham que é possível melhorá-lo.»

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]