Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Aumentar de 50% — Não se diga assim. Diga-se «aumentar 50% », sem a prep. de. —Aumentar significa o mesmo que acrescentar, ajuntar, adicionar, e ninguém diz: «acrescentei, adicionei, ajuntei à renda de 50%», mas sim: «acrescentei, adicionei, ajuntei à renda 50%».

É lamentável que um catedrático de Direito seja citado na imprensa por ter conjugado o verbo intervir como se fosse /interver/, mas compreende-se: o ensino em Portugal está como está, e a escrita das leis é o que se pode ver no «Diário da República».
     Mais decepcionante, no entanto, é que isso também aconteça num jornal desportivo que Carlos Pinhão e outros jornalistas da «velha guarda» transf...

Numa época em que a palavra directora já entrou no vocabulário normal de todas as empresas, é, no mínimo, estranho que o banco, com a fama e o proveito de ser tecnologicamente muito avançado em Portugal, demonstre tamanha alergia ao termo directora. Só se é por embirração de princípio de um grupo tão avesso, ainda há pouco tempo, à admissão de mulheres nos seus quadros...

Em resposta a uma pergunta sobre a grafia mais correcta de Estado membro ou Estado Membro (ambas as hipóteses com ou sem hífen), a vossa resposta parece inclinar-se para a grafia Estado-membro.

Sem contestar a justeza de Estado membro (duas palavras distintas) não posso deixar de o fazer em relação a Estado-membro. Isto porque, nas palavras compostas por justaposição, em caso de utilização do hífen, se o primeiro elemento levar maiúscula, o segundo tem obrigatoriamente de a levar. Assi...

Este é o terceiro texto da controvérsia à volta do neologismo "deslocalizar". Nele o autor discorda da posição Em defesa de deslocalizar da autoria de A. Mendes da Costa – que, por sua vez, discordava da resposta sobre este assunto Deslocalizar de José Neves Henriques.

     No último programa televisivo Viva a Liberdade, do canal português SIC, debatia-se a questão da educação e, principalmente, do domínio dos saberes, onde, naturalmente, se integra o português.
     A certa altura, Miguel Sousa Tavares, o moderador, alertava para um erro de ortografia do documento dado a conhecer dias antes pelo Ministério da Educação. Daqueles de palmatória, imperdoável num documento oficial. Onde deveria aparecer «assentar», significando basear, lia-s...

Por D.C.

O futebol em Portugal está cada vez mais sério e chato e longe vai o tempo em que só as pessoas menos educadas se zangavam por paixões clubísticas. Agora, a contratação de um jogador, um fora-de-jogo mal assinalado, uma declaração de um dirigente são pretexto para discussões intermináveis, artigos filosóficos, corte de relações, desafios para duelos e por aí fora.
     Talvez devido a esta enorme e maçadora carga dramática que atinge «o mundo da bola», o locutor da RT...

O texto «Um consultório sem fala» assinado pelo senhor Pedro Peres, linguista ao que parece, não pode passar sem o seguinte comentário: com a frase «A linguística é o estudo da língua como ela é e não como se gostaria que ela fosse» estou plenamente de acordo. É, porém, um dado adquirido que, se não fossem os «caturras», mais ou menos «gramaticões», que sempre houve desde que existem línguas escritas, a linguagem, expressa nas milhentas línguas do género humano, teria evolucionado muitíssimo ...

José Neves Henriques clarifica a sua anterior resposta sobre este tema – acolhendo os argumentos do consulente A. Mendes da Costa, com o texto Em defesa de deslocalizar. Uma controvérsia, esta que contou ainda com a participação de Amílcar Caffé com o texto Contra a «deslocalização».

José Neves Henriques começou por considerar desnecessário o neologismo "deslocalizar". Respondeu, contrariando-o o consulente A. Mendes da Costa com este texto – que, no entanto, mereceu a discordância de Amílcar Caffé com o texto Contra a «deslocalização».