Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Quanto ao plural do substantivo composto «sem-terra», venho manifestar minha discordância da opinião emitida pelo nobre professor Amílcar Caffé.

A meu ver, um neologismo deve, justamente por ser um neologismo, sujeitar-se mais ainda às regras gramaticais, e não ser incluído de imediato no rol das exceções. Isso torna mais simples o bom uso da língua. A par disso, o acréscimo do "s" é o indicativo natural para a formação do plural na língua portuguesa. Não deixam de soar estranhas (porq...

No «Alfa» para o Porto, o revisor, ar compenetrado mas afável, vem verificar o bilhete. Devolve-lho com um «Muito obrigado», uma cortesia que só fica bem à empresa. No banco ao lado, segue uma senhora. Ao entregar-lhe o bilhete, o revisor diz: «Muito obrigada». Um casal mais à frente receberá do revisor um convicto «Muito obrigados». O viajante ainda pensou armar-lhe uma espera, a instruí-lo, mas hoje prefere imaginar que, todos os dias, anda um senhor revisor, país acima país abaixo, adaptan...

Estou muito agradecido ao consulente a quem a minha resposta sobre estas palavras não satisfez completamente. E agradeço a todos os que me apresentam objecções e/ou discordam, porque é com estes que aprendo: fazem-me sentir e pensar, e é pensando e sentindo que trabalho e aprendo. Os outros, os inteiramente concordantes, apenas me alegram por eu ter sido útil ao próximo; e por isso a eles me sinto grato, quando me comunicam a sua satisfação. Mas uma coisa é eu sentir-me alegre; outra, o senti...

Apesar de concordar com a explicação dada por José Neves Henriques à questão «esse» versus «este», a mim também assaltam as dúvidas quanto à utilização no caso da tradução "site"/página.

O consulente escreveu para a página que estava à sua frente no computador – assim como estaria à frente de uma pessoa do outro lado do mundo. Portanto, escreveu para esta página – em substituição de para os responsáveis pela página em questão –, por uma questão de proximidade. Mas também p...

Obrigadíssimo, antes de tudo, pela resposta, divulgada no dia 13/3/98, à pergunta que formulei sob o título "Este, esse: qual a diferença?" Aprendi, com a lição, que o emprego do demonstrativo depende exclusivamente do grau de proximidade do objeto a que se faz referência. A questão é: serão esses pronomes assim tão servis à noção de lugar? Na verdade, o que se verifica é justamente o oposto: não existe, na língua portuguesa, pronome mais elástico do que o demonstrativo. O ...

O secretário de Estado do Ensino Superior do Governo português, Alberto Jorge Silva, pronunciou-se (na rádio pública RDP), no passado dia 31, sobre as maleitas crónicas do seu sector. E, às tantas, passou a empregar esse escusado e inestético galicismo «plafonamento». Não há dúvida: com governantes destes nas escolas portuguesas, muito terão de aprender os alunos portugueses a estimarem a sua própria língua.

Complemento da resposta à pergunta do Snr. Francisco Aragão, tema Acordo Ortográfico.

Segundo o artigo 3.º do texto assinado, o último acordo ortográfico deveria, efectivamente/efetivamente, ter entrado em vigor em Janeiro de 1994...

Quando os assuntos ficam bloqueados, é costume dizer-se que não há `vontade política´. Ora talvez a causa do atraso não seja só esta.

a) Vontade política

25 anos
Um erro recorrente na imprensa portuguesa

Os 25 anos do semanário Expresso tropeçado no anómalo despoletar...

 

Ficamos muito agradecidos a Amílcar Caffé por nos informar sobre a pronúncia brasileira de Osvald e de Elis.

Vejamos, porém, que nenhum destes antropónimos é da Língua Portuguesa, mas sim do inglês. Apenas Osvald está grafado um pouquito à portuguesa, porque substituíram o w (que não pertence à nossa língua) por v. Mas o verdadeiro aportuguesamento seria Osvaldo.

Nós, portugueses, não vivemos no Brasil. Como nã...

Papá, mamã

Como refere o autor neste artigo*, papá e mamã «são os primeiros vocábulos que a criança tartamudeia ao ensaiar-se na linguagem (...), os primeiros acentos que balbucia, logo que as primeiras sensações do ambiente despertam no cérebro a razão bruxuleante, que põe em movimento os nervos motores da linguagem.». Qual a sua origem, afinal?

* in Revista de Língua Portuguesa (Rio de Janeiro, 1921), com a transcrição do terceiro volume da antologia Paladinos da Linguagem (edição Aillaud e Bertrand, Lisboa, 1921), organizada por Agostinho de Campos. Manteve-se a grafia e respetiva norma originais.