Lusofonias O caso de Goa Conferência do autor, intitulada «A história comum: valor a explorar no desenvolvimento cultural e existencial dos povos lusófonos – Caso de Goa», na sessão de encerramento do I Congresso Mundial da Lusofonia, realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa, em 10 de Fevereiro de 2007 Teotónio R. Souza (1947-2019) · 12 de março de 2007 · 6K
Pelourinho A pronúncia de percurso, de perseverança e de preservar Jorge Gabriel, apresentador do Festival da Canção 2007, na RTP1 (10 de Março de 2007), referindo-se ao trabalho dos autores e dos intérpretes do concurso: «Para que estas dez canções aqui chegassem, tiveram de percorrer um longo percurso. É preciso muito trabalho, muita perseverança.» E articulou o s de perseverança como se fosse um z. Maria Regina Rocha · 12 de março de 2007 · 6K
Lusofonias À volta de Ouça um bom conselho Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca Alcança Venha, meu amigoDeixe esse regaçoBrinque com meu fogo Venha se queimarFaça como eu digo Faça como eu façoAja duas vezes antes de pensar Corro atrás do tempoVim de não sei ondeDevagar é que se não vai longe Eu semeio vento na minha cidadeVou para a rua e bebo a tempestade Chico Buarque Maria Regina Rocha · 10 de março de 2007 · 11K
Pelourinho Termos blindados Já fazia falta um esclarecimento sobre o termo desblindagem, como o da Antena 1, no dia da assembleia-geral da PT. O termo não consta nos dicionários gerais e, no entanto, os principais órgãos de comunicação social usaram-no à vontade, sem recurso a glosa ou expressão equivalente. Ana Martins · 10 de março de 2007 · 3K
Pelourinho «Receio de» (e não “receio com”) «Esta tendência de subida [do petróleo] deve-se ao facto de as baixas temperaturas que se fazem sentir nos Estados Unidos provocarem o receio com um possível aumento na procura de combustíveis (…).» * Construção correcta: «O receio de um possível aumento.» Explicação: o substantivo receio pede um complemento iniciado pela preposição de. Outros exemplos: «Tenho receio de que ele se magoe»; «ele tem receio das doenças». * in Bom Dia, Portugal, RTP1, 7 de Março de 2007 Maria Regina Rocha · 8 de março de 2007 · 3K
Pelourinho «Diferente de» + «menor do que» «Eu tenho uma cara – estou a dar a cara – e não posso, como há-de imaginar, pedir uma votação do partido para, depois, vir a ser acusado de ter uma legitimidade diferente ou menor do actual presidente.»* Nesta frase há dois aspectos a considerar. Em primeiro lugar, deveria ter sido dito «uma legitimidade diferente da do actual presidente» (uma legitimidade diferente da legitimidade do actual presidente) ou «uma legitimidade menor do que ... Maria Regina Rocha · 5 de março de 2007 · 10K
Pelourinho Um arquivo “sob” os escombros… «Hoje [3 de Março de 2007] à tarde, com o fim do Lumiar, Júlio Isidro carimba o fim de uma era; 50 anos depois ainda falta ao canal estatal um museu vivo que não seja uma simplória despensa de maquinaria e artefactos, o livro de ouro está por sair, o teatro para televisão insiste em não se erguer da cova e o arquivo vai-se organizando sob os escombros do que irremediavelmente se perdeu. Mas o f... João Alferes Gonçalves (1944 — 2023) · 5 de março de 2007 · 2K
Lusofonias O decesso do esparadrapo Dentro daquela lógica de dividir o mundo entre dois tipos de pessoas, as palavras "difíceis" fazem um bom trabalho. Infelizmente, nos dias que correm, e pelo menos no que a Portugal respeita, a desproporção entre os grupos chegou ao ponto de um deles estar em vias de extinção. Que é como quem diz decesso. Sabia o caro leitor, antes de ler estas linhas, o que quer dizer decesso? Fernanda Câncio · 5 de março de 2007 · 3K
Antologia // Portugal Coágulo do Tempo Apreender com as palavras a substância mais nocturnaé o mesmo que povoar o desertocom a própria substância do desertoHá que voltar atrás e viver a sombraenquanto a palavra não existeou enquanto ela é um poço ou um coágulo do tempoou um cântaro voltado para a sua própria sedeTalvez então no opaco encontremos a vértebra inicialpara que possamos coincidir com um gesto do universoe ser a culminação da densidadeSó assim as palavras serão o fruto da sombr... António Ramos Rosa · 5 de março de 2007 · 5K
Antologia // Portugal Soneto Rudes e breves as palavras pesammais do que as lajes ou a vida, tanto,que levantar a torre do meu cantoé recriar o mundo pedra a pedra;mina obscura e insondável, quisacender-te o granito das estrelase nestes versos repetir com elaso milagre das velhas pederneiras;mas as pedras do fogo transformei-asnas lousas cegas, áridas, da morte,o dicionário que me coube em sortefolheei-o ao rumor do sofrimento:ó palavras de ferro, ainda sonho dar-vos a leve têmpera do vento.Carlos de Oliveira Carlos de Oliveira · 2 de março de 2007 · 4K