Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa

O manifesto eclipse da língua portuguesa nos textos e publicações científicas, o que aliás acompanha um fenómeno à escala planetária, tem sido tema de preocupação de inúmeras pessoas, de linguistas a cientistas. Recentemente, surgiu no PÚBLICO (12 de Agosto de 1999) um texto assinado pelo Prof. Aquiles Araújo de Barros em que o autor se insurgia contra a apresentação de teses de doutoramento em universidades portuguesas escritas noutra língua que não ...

1. "Língua portuguesa desperta na Europa" - era o título de uma notícia de um jornal diário do dia 25 de Julho, a propósito de declarações do ministro da Educação. Dizia: Marçal Grilofalou das "ameaças e riscos" da Europa actual, entre os quais uma comunidade com uma única língua, e manifestou-se "muito preocupado coma sua língua materna".

 

P.S. – «Os senhores "hadem" vir à razão», arengou para a bancada da oposição o ministro português Jorge Coelho, na discussão parlamentar sobre a recusa do PSD e do PP em fazerem passar a autorização legislativa para um sindicato da PSP [quinta-feira, 17.06].
   Definitivamente: o verbo haver é uma armadilha a que nem escapa o ministro que zela pela segurança pública em Portugal.

É difícil entender em jornalistas da televisão portuguesa, que se dirigem a centenas de milhares de indivíduos, o emprego de expressões como "pay TV" e "pay per view", sem que, pelo menos, expliquem o seu significado. Creio que a primeira expressão representa o pagamento para ver um ou mais canais e a segunda o pagamento para ver um ou mais programas ou jogos.
    Há dias, foi no principal serviço de notícias da TVI. Mas o fenómeno verifica-se em todos os canais e, mesmo, na im...

Por Ursulino Leão

Louvei-lhe a atitude assim que li a notícia. A notícia dizia que o Dr. Reginaldo de Castro, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, não discursou perante os maiorais das organizações de advogados do mundo inteiro, reunidos no Palácio da Justiça, porque (conforme explicou ao auditório, num bom Francês) os promotores da grande reunião, faltando ao combinado, deixaram de criar as condições (tradução simultânea) para que sua manifestação se efetivasse em Português.

O senhor Vasco Baptista Mendes, correspondente de Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, teve a amabilidade de fazer, por via cibernética, o que outras pessoas preferiram fazer por vias normais (que, para mim, com mais de 70 anos, são a carta ou o telefonema).

Segundo a lógica do senhor Alfredo Farinha, será legítimo dizer que um trimestre é um conjunto de três meses quaisquer, independentemente de serem consecutivos ou não? E um biénio, também obedece à mesma lógica?

Parece-me que os prefixos bi-, tri-, tetra-, etc. são muitas vezes utilizados com uma ideia de consecutividade, pelo que discordo do artigo citado no Ciberdúvidas. Já imaginaram passar a chamar "Salto triplo consecutivo" à modalidade desportiva que todos conhecemos? Porque, a co...

Estou muito grato ao nosso prezado consulente Carlos Ferreira pelas observações que fez à minha resposta de 7-4-99 sobre o emprego dos dois pontos e da vírgula «a seguir ao vocativo que encima a correspondência». E digo «muito grato», porque é com as pessoas que discordam de mim que muito aprendo: fazem-me observar, pensar e sentir, desvendar, descobrir novos caminhos e resolver. De facto, exagerei quando disse que os dois pontos, a seguir ao talvocativo, «não t...

Em resposta de 07/04/99, afirma JNH que 1. «os dois pontos a seguir ao vocativo que encima a correspondência não têm pés nem cabeça»; 2. «o emprego da vírgula nunca foi hábito entre nós»; 3. «não corrompamos o que há séculos está estabelecido».

Diz a Gramática de Cunha & Cintra (pág. 637 da edição brasileira) que «Depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios, etc., costuma-se colocar DOIS PONTOS, VÍRGULA ou PONTO, havendo escritores que, no caso, dispensam qualquer pontuação.»

Ao contrário do sentido etimológico, tetra (campeonato) ou penta (campeonato) passaram a ser usadas nos meios desportivos portugueses significando quatro (campeonatos) ou cinco (campeonatos) seguidos. O jornalista Alfredo Farinha é quem mais tem combatido este cada vez mais generalizado erro de semântica. Com a devida vénia, Ciberdúvidas acolhe extractos mais significativos do seu último artigo à volta desta imprecisão linguística. Foi publicado na sua coluna do jornal "A Bola", 'Deliberadamen...