Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O inevitável "interviu" e o tropeçante "intervido". Os tratos de polé dados ao pobre do verbo haver (o "hadem" até teve honras de ministro...) e a asneira entre "a moral" e "o moral". Ou a confusão recorrente entre "a personagem" e "o personagem". Fora o que por aí se ouve com a rubrica e a "rúbrica", mais as trapalhadas do "preferir mais do que" ou à volta do "de que". E o snobismo dos "mídia" e dos "multimídia"? E a asneira do "tens de te haver comigo"? E as "dezenas de milhar" e "as milhares ...

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      Em 1990, o lingüista e educador britânico Michael Stubbs escrevia que «toda a área da língua na educação está impregnada de superstições, mitos e estereótipos, muitos dos quais têm persistido por séculos e, às vezes, com distorções deliberadas dos fatos lingüísticos e pedagógicos por parte da mídia». É triste constatar que essas palavras, publicadas há mais de uma década, se aplicam com precisão impressionante ao que ainda ocorre hoje em dia no Brasil. A...

A propósito do meu artigo de há duas semanas, alguns leitores exprimiram-me a sua discordância quanto ao sentido do termo "despoletar", por entenderem que ele significa "impedir uma explosão". Vejamos.

O termo "despoletar" surge registado, pela primeira vez, na 7.ª edição do dicionário da Porto Editora, que é de 1994. Antes disso, não vinha em nenhum dicionário. (...)

saudação@empreendimento.pt

Quebrou-se a maldição da letra «A»! Os académicos apresentaram ao país um dicionário de «A» a «Z» - de seu nome completo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa - com 70 mil entradas, raiz etimológica e transcrição fonética das palavras, pondo termo, com o apoio da Fundação Gulbenkian e de outras instituições estatais e privadas, a uma espécie de assombração com 222 anos de idade: a de não conseguir pa...

Enxameiam os termos ingleses, no novo Dicionário, dito da Academia. Vi badge e blues, bluff e copyright, design e stick, stock e stop, stress e striptease. Em nenhum caso as transcrições no alfabeto fonético internacional coincidem com as que são dadas pelo The Oxford English Reference Dictionary, ed. Judy Pearsall e Bill Trumble, Oxford University Press, 1995. E então compreendi tudo: a Academia resolveu ir em socorro da Loira Álbion co...

PROPÕE A MANUTENÇÃO DE UM GRUPO DE TRABALHO PERMANENTE DE DEFESA E ACTUALIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Recentemente foi publicado o Novo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, obra da Academia das Ciências de Lisboa, e que, em dois tomos e em três mil oitocentas e nove páginas, procede à necessária compilação e actualização da nossa língua, constituindo-se num dos mais importantes actos de defesa da portugalidade dos últimos anos e que vem colmatar, com dignidade, uma lacu...

Printei um e-mail com um briefing sobre download de software que, desde um site, me permitirá implementar items de franchising, outsourcing, benchmarking, corporate image e e-commerce, powered by um Internet server provider muito eficaz. If I understood correctly professor Malaca Casteleiro mass media explanations about the new portuguese Academy dictionary, isto agora torna-se so easy, so friendly. Já era tempo! Abaixo as aspas! Morram os itálicos! Extingam-se os sublinhados! Já podemos fala...

Por Lagarto

Em 18/11/00, o jornal Expresso trouxe a lume o, há tanto tempo esperado, dicionário de Português Contemporâneo da Academia das Ciências, a lançar em Janeiro de 2001.

O artigo enfatizava a oficialização da grafia dos estrangeirismos correntes no referido dicionário e, em contraste, fazia alusão à abolição dos termos ingleses nas grandes empresas brasileiras. Note-se!

Perdi a conta dos leitores que me perguntam sobre a famigerada estória. Uns querem saber se realmente existe essa distinção entre estória e história. Outros teriam ouvido que a palavra existiu outrora, mas hoje seria considerada arcaica. Há quem especule que estória tenha nascido de um erro de tradução. Quase todos perguntam se é uma distinção útil e necessária, ou se não passa de supérfluo balangandã. Peço perdão àqueles que fiz esperar, mas aqui vai minha resposta a todos.

Na reportagem de capa da revista "Pública" de 24 de Dezembro de 2000, emprega-se o singular de apelidos em regências que, segundo a tradição linguística portuguesa, pedem o plural: o Costa > os Costas; o Azevedo > os Azevedos, etc.
    A construção que o "Público" preferiu é estruturalmente francesa: «os Costa», «os Azevedo», etc.
    Na primeira "Gramática da Linguagem Portuguesa", publicada em 1536 e reeditada em Fevereiro de 2000 pela Academia das C...