Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Quando fiquei a saber da existência se um site na Internet que nos resolvia as dúvidas da língua portuguesa, achei fenomenal.

Quando visitei o Ciberdúvidas fiquei maravilhado, como diz o outro. Cheguei mesmo a expôr algumas das minhas dúvidas na secção própria. Acontece que não sei se é credível. A Sociedade da Língua Portuguesa não é o que eu pensava que era e o Cib...

Ainda a questão do português
Na imprensa portuguesa

Inglêsas (inglesas), magnáta (magnata), impediu que o negócio se concretiza-se (concretizasse), terá que (terá de), Emiratos (Emirados), pré-defenido (predefinido), metereológicas (meteorológicas), infraestruturas (infra-estruturas), tivémos (tivemos), corropio (corrupio), quartel general (quartel-general), concerteza (com certeza), retratar-se (retractar-se, desdizer-se), benção (bênção), bogalhos (bugalhos), desplicente (displicente), dispender (despender), dispiciendo (despiciendo), élite (elite), inflacção (inflação), interviu (interveio), inclusivé (inclusive), vidé (vide), juz (jus), logotipo (logótipo), obcessão (obsessão), perfomance (performance), rectaguarda (retaguarda), cheque-mate (xeque-mate). São alguns dos erros em jornais portugueses assinalados neste artigo de Diogo Pires Aurélio, publicado Diário de Noticias de 29/05/ 2000

Viva o
Algumas das suas expressões mais castiças

O futebolês, ou seja, o futebol tal como o comentam em português alguns dos especialistas mais castiços da televisão que temos, merece ficar registado em letra de Imprensa, para que a tradição oral não se perca no ano 2000 e seguintes. Embora não seja possível ser exaustivo, tal a diversidade e a riqueza do vocabulário que todas as semanas sai do bestunto de vários peritos que comentam de viva voz o pontapé na bola que por cá se joga.

Artigo de Alfredo Barroso transcrito, com a devida vénia, do jornal Record do dia 5 de Janeiro de 2000.

   Dizem vocês no Pelourinho, em nota, que a diatribe de Amilcar Caffé relativamente aos CTT se justificaria pela nacionalidade brasileira do mesmo e pelo facto de o termo não estar dicionarizado no Brasil. Mas a emenda é pior que o soneto. Efectivamente, se o senhor Caffé houvera cuidado de se informar a preceito antes de dar ares de sabedor, poderia facilmente verificar que "dinossáurio" vem registado no Vocabulário da Academia Brasileira de Letras.
   Desde qu...

Num artigo recente, Vital Moreira ("Público", 04.01.2000) valorizou negativamente a «poderosa influência da rádio e da televisão» na difusão por todo o país dum sotaque lisboeta a que chamou, depreciativamente, o «lisboetês». Trata-se de uma nova diabolização dos meios audiovisuais, bode expiatório habitual dos males do mundo moderno. Segundo o professor de Coimbra, «o que é mais grave é que esta forma de falar lisboeta não se limita às classes popula...

Juro que não pratiquei nenhuma das malfeitorias que o estimado escritor e publicista Baptista Bastos me imputa com inesperada ligeireza, na sua coluna de sexta-feira passada no "Diário Económico" [aqui disponível, também], onde me acusa severamente de, na minha última crónica, ter troçado da fala lisboeta e de querer um sotaque único para a língua portuguesa.

(...)  O meu amigo Vital Moreira escreveu, para o"Público", uma estranha crónica [disponível aqui, também], na qual, com mão e ironia por igualpesadas, troça do sotaque lisboeta, a que chama inapropriadamente"lisboetês", no que seria, porventura, "lisboês." O Vital sabe que osregistos fonológicos ou fonéticos obedecem à natureza constitutiva decada território idiomático. Qual a razão do dislate intempestivo? "Aminha pátria é a minha líng...

«O falar alfacinha – assinala  o autor nesta crónica dada à estampa no jornal "Público" de –, cada vez mais cheio de "chês" e de "jês", é francamente desagradável ao ouvido, afasta cada vez mais a pronúncia em relação à grafia das palavras e torna o português europeu uma língua de sonoridade exótica.»

  

De súbito, o homem do quiosque de Lisboa a quem eu pedira os meus jornais habituais interpelou-me:

– O senhor é do Norte, não é?

    Às vezes tenho dificuldade em perceber o que dizem políticos e jornalistas na rádio e televisão portuguesas, porque empregam normas de pronúncia diferentes daquelas que aprendi no berço e na escola e também porque reflectem mudanças de sentido de palavras que, para mim, têm outros significados.

   Posso apresentar exemplos...

Cibernota: Amílcar Caffé é brasileiro e, no Brasil, a palavra dinossáurio não está dicionarizada. Em Portugal, alguns dicionários registam-na, apesar de ser termo mal formado e os etimologistas preferirem dinossauro, pelos motivos explicados na resposta Dinossauro melhor que dinossáurio, de 16 de Dezembro de 1999.