Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A linguagem do padre António Vieira em <i>Os Sermões</i>
Génio, ironia e sarcasmo

Ninguém, como o padre António Vieira, em Os Sermões – considerou Camilo Castelo Branco * – «reuniu em poucas páginas tantas palavras rubricadas pelos mestres que o precederam [cuja] prosódia constituiriam o idioma português no alto ponto das línguas mais ricas, se já então houvéssemos entrado em comunhão de ciências com a Europa, e tivéssemos adaptado à nossa índole glótica os termos facultativos.»

 

* in Curso de Literatura Portuguesa, Lisboa, 1876, p. 104.

Tiveram lugar [em Portugal] no passado dia 22 de Maio as Provas de Aferição de Língua Portuguesa do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico em Portugal. Consultando o documento "Critérios de Classificação", disponível no sítio do Ministério da Educação, fica-se a saber que a prova, para um e outro ciclo, é constituída por duas partes. Na prime...

No exame de Português do 9.º ano [em Portugal], os critérios de avaliação permitem que um aluno possa ter dois pontos (em cinco) com «muitas insuficiências» de natureza «ortográfica, lexical, morfológica» e «sintáctica». Ou seja, em última análise, permite que um aluno entre no secundário sem saber escrever. Basta que responda com «palavras soltas», se der uma ideia que percebeu a pergunta e sugerir vagamente a resposta. Não se compreen...

Ainda à volta do «ter de…»/«ter que…»
A tradição gramatical e o uso antigo

A diferença entre o ter de e o  ter que, neste contributo da professora Edite Prada.

Vide os textos relacinados com este assunto, ao lado.

Um despacho da EFE informava, há cerca de um mês, o seguinte: «Dois senadores chilenos, tradicionais antagonistas políticos, deixaram de lado diferenças e aderiram a uma iniciativa espanhola para salvar palavras em "perigo de extinção", com o objectivo de enriquecer o idioma.»

Exames do 9.º também deixam passar erros

Responder certo dá pontos. Responder certo com muitos erros também. Nos exames de Português do 9.º ano de 2006 [em Portugal], os critérios de avaliação determinaram que, nos grupos de questões em que a expressão escrita era classificada, um aluno que produzisse um discurso «com muitas insuficiências nos planos ortográfico, lexical, morfológico e sintáctico» pudesse obter dois pontos em cinco possíveis. Depois de criticarem o...

1. As provas de aferição do 1.º e 2.º Ciclos, realizadas no passado dia 22 de Maio, têm, cada uma, duas partes: na primeira parte é visada a competência de leitura e os conhecimentos de gramática e na segunda parte pretende-se aferir a competência na composição textual.

Nem numa parte nem na outra, por razões diferentes, são dados instrumentos rigorosos de aferição da competência de escrita.

Veio a público que, nos critérios de classificação das Provas de Aferição de Língua Portuguesa do 4.º e do 6.º Ano do Ensino Básico em Portugal, não há penalização pelos erros de ortografia numa parte da prova, a que dizia respeito à Leitura, o que suscitou algumas críticas. Como ponto prévio, deverá dizer-se que as provas de aferição não são provas de exame. Aferir significa cotejar com um determinado padrão, verificar se algo está conforme...

(…)

Os erros de ortografia e construção de frases não contaram para a avaliação das provas de aferição dos 4.º e 6.º anos. Justificação do Ministério da Educação: foi de propósito. Quer dizer, não contabilizar os erros fez parte das "técnicas de avaliação". O objectivo era avaliar a "competência de interpretação". E para isso os erros seriam irrelevantes.

Pergunta* a Paulo Teixeira Pinto, a propósito da assembleia-geral do BCP: «Está confiante de uma assembleia-geral pacífica?»

O adjectivo confiante pede um complemento iniciado pela preposição em. Por isso: «Está confiante na realização de uma assembleia-geral pacífica?»

*Jornal da Noite, SIC, 28 de Maio de 2007