Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O que é verdadeiramente escrever mal? Dizer mal?

Os que falam em desrespeito intolerável pela língua são apodados de puristas, normativos, conservadores. Não raro, há crispações em torno do tema da fixação da norma e da aceitação dos usos.

Os exemplos abaixo nada têm que ver com esse tema. São simplesmente casos em que o jornalista revela ignorar a estrutura da sua língua materna.

«Seis algarismos apenas causaram o motivo da discórdia.» (DN, 5-5-07) — Devia estar: causaram a discórdia.

Os grandes problemas do ensino do Português

Reflexão suscitada pela Conferência internacional sobre o ensino do Português

Como professora do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, participei na Conferência internacional sobre o ensino do Português, realizada no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, nos dias 7, 8 e...

Notícia do Jornal da Tarde (RTP 1, 10 de Maio de 2007) sobre as investigações a propósito do desaparecimento de uma menina inglesa no Algarve: «As investigações prosseguem no terreno, com uma equipa de 180 inspectores da Judiciária, apoiada por 100 militares da GNR e por todos os elementos ...

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Fusão de Reuters e Thomson cria
    maior agência noticiosa do mundo

INÊS DAVID BASTOS

As origens da Reuters

 

Traduções a martelo

Pelos exemplos assinalados abaixo, se há guerra é ao português. E a pirataria, está visto, é de quem faz traduções assim a martelo, à boleia da Internet.

 

A pirataria continua a ser o pão nosso de cada dia no mundo da Internet, dividindo duas opiniões distintas sobre ela e alimentando sucessivas batalhas no combate à actividade que é copiar ilegalmente.

Português, tétum ou tetuguês
A política da língua em Timor-Leste

«O problema linguístico é fundamental em Timor, porque está em questão a própria identidade do novo país. Deverá ser adoptado o português, o tétum, o bahasa Indonésia ou o inglês? A importância do português parece consensual, mas onde levará a política de ensino que está a ser seguida?»

 

Artigo do jornalista Paulo Moura, transcrito, com a devida vénia, do jornal Público, com a data de 7 de maio de 2007. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Legenda no Telejornal da RTP 1 (5 de Maio de 2007), a propósito das eleições presidenciais em França, traduzindo-se uma interrogação retórica a respeito da vitória de um dos candidatos: «Por que não? Por que não?»

Devia ter sido utilizado o advérbio interrogativo porque: «Porque não? Porque não?»

Este advérbio, que significa «por que motivo», «por que razão», nunca tem os seus constituintes separados.

Numa notícia do matutino 24 Horas, de 6 de Maio de 2007, sobre uma corrida relacionada com a luta contra o cancro, podia ler-se, a terminar: «Maria José Rita, que estava prevista participar na iniciativa, acabou por não poder comparecer.»

Esta frase está deficientemente construída, pois não é a pessoa que «está prevista», mas a sua participação. Uma alternativa seria: «Maria José Rita, cuja participação na iniciativa estava prevista, acabou por não poder comparecer.»

A PÉROLA

«Alertado pela minha filha de 10 anos recuperei esta Vossa pérola para um post no meu blogue: «este ano já morreram cerca de 50 mortos». No "Público" de domingo (29 de Abril de 2007), Mundo, pág. 19.», escreve Sérgio Pinto Ribeiro, um leitor bloguista da cidade do Porto.

O reparo é pertinente.

«Este ano já morreram cerca de 50 mortos» — sem comentários.

O PÚBLICO errou.

A CONFUSÃO

Com a Portaria n.º 476/2007, de 18 de Abril, a Ministra da Educação interveio no atribulado processo da TLEBS, impedindo a sua generalização e impondo a sua revisão. Embora oportuno, o documento suscita pelo menos três reparos. O primeiro, sobre a ideia de normalidade que transmite, como se tudo decorresse da experiência nas escolas e se resumisse à identificação de "alguns termos inadequados" e a dificuldades da generalização. Não fica bem ao ME passar em claro o clamor da sociedade, express...