Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Exames do 9.º também deixam passar erros

Responder certo dá pontos. Responder certo com muitos erros também. Nos exames de Português do 9.º ano de 2006 [em Portugal], os critérios de avaliação determinaram que, nos grupos de questões em que a expressão escrita era classificada, um aluno que produzisse um discurso «com muitas insuficiências nos planos ortográfico, lexical, morfológico e sintáctico» pudesse obter dois pontos em cinco possíveis. Depois de criticarem o...

1. As provas de aferição do 1.º e 2.º Ciclos, realizadas no passado dia 22 de Maio, têm, cada uma, duas partes: na primeira parte é visada a competência de leitura e os conhecimentos de gramática e na segunda parte pretende-se aferir a competência na composição textual.

Nem numa parte nem na outra, por razões diferentes, são dados instrumentos rigorosos de aferição da competência de escrita.

Veio a público que, nos critérios de classificação das Provas de Aferição de Língua Portuguesa do 4.º e do 6.º Ano do Ensino Básico em Portugal, não há penalização pelos erros de ortografia numa parte da prova, a que dizia respeito à Leitura, o que suscitou algumas críticas. Como ponto prévio, deverá dizer-se que as provas de aferição não são provas de exame. Aferir significa cotejar com um determinado padrão, verificar se algo está conforme...

(…)

Os erros de ortografia e construção de frases não contaram para a avaliação das provas de aferição dos 4.º e 6.º anos. Justificação do Ministério da Educação: foi de propósito. Quer dizer, não contabilizar os erros fez parte das "técnicas de avaliação". O objectivo era avaliar a "competência de interpretação". E para isso os erros seriam irrelevantes.

Pergunta* a Paulo Teixeira Pinto, a propósito da assembleia-geral do BCP: «Está confiante de uma assembleia-geral pacífica?»

O adjectivo confiante pede um complemento iniciado pela preposição em. Por isso: «Está confiante na realização de uma assembleia-geral pacífica?»

*Jornal da Noite, SIC, 28 de Maio de 2007

Numa entrevista transmitida no Telejornal (RTP 1, 25 de Maio de 2007), o ministro português Mário Lino, a propósito do projecto do aeroporto da Ota, referiu que o seu Governo tomara uma decisão política com base em trabalhos feitos por governos anteriores «que defenderam este projecto, com a sua localização na Ota, junto da União Europeia, que o inscreveram como projecto prioritário europeu, para o qual já foram gastados milhões de euros (…)».

A confusão entre «de encontro a» e  «ao encontro de»

Comentário do apresentador Rui Unas, transcrito no jornal 24 Horas de 27 de Maio de 2007, justificando o fracasso de um programa da SIC: «O produto não vai de encontro aos gostos e, como se costuma dizer, gostos não se discutem. A onda agora é outra.»

(...)

Qual é o português que não conhece bem o significado e a pronúncia de palavras como bobo, chopinho, carona, maiô? Qual o português, nascido e criado em Portugal, que não reconhece imediatamente a originalidade e a melodia de expressões como dar mancada, encher o saco, botar pra quebrar?

Mudança de turma deve ocorrer no início do próximo ano

 

As aulas poderão em breve voltar a preencher os dias de Miguel, uma criança com doença oncológica que deixou de ir à escola para escapar ao bullying. A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), em concertação com o conselho executivo da escola, propõe enviar professores a casa até ao final do ano lectivo e, desde já, sensibilizar o estabelecimento de ensino a recebê-lo bem em Setembro.

Correm pelas salas de cinema portuguesas — de cinema e na TV, já agora — traduções e legendagens bem piores. Ao menos, neste filme1, que se tenha reparado, não há os “houveram” nem os “puderam haver” tão habituais no meio.

Mas há, tinha de haver, a redundância da moda do há anos “atrás”. Por várias vezes.

Por várias vezes também, aparece com duplo hífen (!) a 1.ª pessoa do plural de verbos na conjugação pronominal, tipo “faça-mo-nos”, “fala-mo-nos”, etc.