Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Em Portugal o c e o p serão eliminados das palavras em que não são pronunciados, como acção, objecto, adopção. Pêlo (substantivo), pára (verbo parar) e pôr (colocar) perdem o acento, não se distinguindo de pelo, para e por. O hífen deixa de ser usado, excepto quando o prefixo termina em r, como hiper-, inter- e super-. Passa a escrever-se antirreligioso, infrassom, extraescolar, aeroespacial e autoestrada.

«O Governo brasileiro prevê aplicar o Acordo Ortográfico já no final do primeiro semestre de 2008», disse ao Sol Godofredo de Oliveira Neto, presidente da Comissão de Língua Portuguesa do Ministério da Educação do Brasil. O Brasil espera alinhar a decisão com Portugal, já que «há uma relação estreita entre os dois países nesse sentido». Para Oliveira Neto, a unificação da língua «é importante para melhorar o intercâmbio cultural entre os países lusófon...

Brasil (em 2004), Cabo Verde e São Tomé e Príncipe (ambos em 2006) são, até agora, os três países da comunidade lusófona que ratificaram o acordo para uma nova e única grafia da língua portuguesa. Por motivos provavelmente diferentes, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste ainda hesitam na adesão ao acordo. Mas como a CPLP definiu que a ratificação em três países seria suficiente para a nova grafia passar a vigorar, o Brasil tomou a dianteira, para que em 2008 os livros didá...

«Aqueles que não leem têm como consequência não entrar em contato com novas ideias.» Antes de você pensar que esqueci o trema e alguns dos acentos nessa frase, comece a se acostumar. Apesar de não ter uma data definida, a partir do ano que vem, entram em vigor novas regras na escrita do brasileiro. Entretanto, muito mais do que acentos deixados de lado, trema abolido e regras para o uso do hífen modificadas, a reforma ortográfica trará despesas econômicas, confusões e exigirá muita adaptação ...

O Público [de 04/08/2007] trazia um artigo sobre como menos de um por cento dos alunos do segundo ciclo escolhe o francês como língua estrangeira de aprendizagem. Mas o que me preocupa aqui não é tanto a questão do francês, que aliás continua a dominar no terceiro ciclo.

O Ministério da Educação pode dar-se ao luxo de ser selectivo porque o ensino superior público continua a formar professores que nunca terão lugar no sistema educativo

O Ministério da Educação não confia no Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior. Ou, mais precisamente, os responsáveis políticos pelo ensino básico e secundário olham com sérias reservas para as competências adquiridas pelos licenciados dos cursos de formação ...

A partir de hoje, os jardins-escolas galegos dão as aulas só em galego. Também se vai ensinar um "hino galego" de um nacionalismo extremo. Composto por um poeta do séc. XIX, o hino galego, enxotando os castelhanos, canta: «Só os imbecis e obscuros/ não nos entendem.» Picardias nacionalistas, que quase todos os povos têm, e que não trazem grande mal ao mundo. Ou trazem, mas não é isso que aqui me traz, mas outro mal, esse, evidente. Esta deriva galega integra-se no menosprezo de uma das grande...

Breve história. Em 1931 foi aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre Brasil e Portugal, que não foi posto em prática. Em 1945, o acordo tornou-se lei em Portugal, mas não no Brasil. Em 1975, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras fizeram um novo projecto do acordo, que não foi aprovado. Em 1986, foi elaborado um memorando. Por esta altura, criou-se em Portugal o chamado Movimento Contra o Acordo Ortográfico. Em 1990 as duas academias elaboraram o «novo» acordo...

Num contexto de atenta observação ao "respirar" cultural no "espaço de Língua Portuguesa", em que a celebração da literatura se afigura como instrumento cultural e político de primeira linha na cimentação de um quadro de similitude e partilha, pretende-se com o presente artigo reflectir sobre algumas questões relacionadas com a produção literária, apresentando-se cinco exemplos de algumas das vozes africanas que contribuem, na sua variedade, para fortalecer o sistema de laços comunicantes a q...

Resumo

O presente texto tem como objectivo argumentar sobre a natureza fonológica da ortografia portuguesa e, com base nesta afirmação, discutir a simplificação desta ortografia, simplificação que tem sido a finalidade de várias reformas e de algumas tentativas de acordo entre Portugal e o Brasil. A discussão das questões fonológicas é precedida a) de uma referência aos problemas suscitados pela proposta de acordo datada de 1986, e b) de um re...