Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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The portugals e a língua portuguesa

 

Artigo  do jornalista João Miguel Tavares publicado no "Diário de Notícias" de 1 de Julho de 2008, sobre  a colectânea Novos TalentosFnac, editada em Portugal. 13 das 17 músicas trazem o título em inglês.

 

 

Os exames nacionais do ensino básico (9.º ano) e secundário (12.º ano), edição de 2008, foram fortemente criticados por várias associações e especialistas de diferentes áreas do saber. A crónica de Inês Pedrosa publicada no Expresso e reproduzida abaixo faz uma análise crítica dos exames de língua portuguesa.

 

 

Corria o ano de 2004 quando o polemista Vasco Graça Moura se lembrou de dizer que «os linguistas têm ódio à literatura» (Pública, 1/02/04), julgando assim assinar o divórcio de uma separação de facto entre estudiosos da língua e especialistas em literatura.

A maior desgraça da língua portuguesa é ter mais do que uma ortografia, disse à Lusa o professor Fernando Cristóvão, autor do livro Da Lusitanidade à Lusofonia, lançado [no dia 25 de Julho p.p.] em Lisboa.

«Fazemos parte de uma comunidade em que tudo deve ser comum, a começar pela língua. Só que nenhuma língua tem duas ortografias e só a nossa tem essa desgraça», sustentou Fernando Cristóvão, professor jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa.

Gilberto Gil: «O acordo deveria estar constantemente aberto»

À margem do V Encontro de Culturas, em Serpa, o ministro da cultura do Brasil, Giberto Gil, defendeu que a  vigência do Acordo Ortográfico devia ser supervisionada por uma comissão institucional de especialistas e prestar-se a constantes reajustes.

Reproduzimos excertos da entrevista1 ao Diário do Alentejo.

 

<i>Ars Grammaticae</i>

 

Foi notícia desta semana: este ano há apenas 313 alunos inscritos para fazer exame nacional de Latim. O número de alunos a aprender latim diminuiu 80 por cento nos dois últimos anos.

O <i>desde</i> (em espanhol) e o <i>de</i> (em português)

É um dos modismos do chamado futebolês: que se está falar, ou a transmitir, desde daqui ou desde ali. Foi o que se voltou a ouvir, repetitivamente, a propósito da cobertura do Europeu de futebol, na Suíça e na Áustria. Maria Regina Rocha explica neste artigo1 a diferença entre as preposições de e desde em português e no espanhol. E aborda, ainda, a questão dos anglicismos.

 

Em entrevista ao programa “Diga lá, Excelência”, do jornal “Público” e da Rádio Renascença, conduzida pelos jornalista  Maria José Oliveira e Paulo Magalhães, emitido  pela RTP 2 no dia  15 de Junho de 2008, o Prémio Nobel da Literatura José Saramago mostrou-se a favor do Acordo Ortográfico, conquanto confesse já não ter idade para deixar de escrever como escreve….

As reedições das suas obras vão ter de aplicar o Acordo ortográfico. O que lhe parece?

O provedor do leitor do jornal Público, Joaquim Vieira, volta a abordar um dos erros recorrentes na imprensa portuguesa: «A praga da discordância verbal em frases contendo como sujeito o pronome relativo “que”.»  Na sua crónica do dia 15 de Junho de 2008, até se documentam erros de sintaxe numa crítica literária desta natureza:«Um corredor onde haviam muitas portas», «duas linhas de baldes afim de completar» e «tratam-se de títulos de revistas».

 

Solarenga rima com moenga

 

Um redactor do Record foi o mais recente fautor dessa moenga que assola o jornalismo português e que consiste na troca, por deficiência vocabular, de soalheiro por solarengo. É óbvio que o que ele pretendia dizer é que a tarde estava quente e o céu limpo, e não que a tarde tinha a configuração arquitectónica de um solar.