Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Uma notícia publicada no caderno Economia do Expresso (n.º 1998, de 12 de Fevereiro de 2011) aborda a questão dos rótulos e instruções que constam nos produtos de origem chinesa comercializados em Portugal, dando alguns exemplos grosseiramente caricatos.

Assim, numa lanterna pode ler-se:

Pode-se até aceitar que empresas multinacionais estabelecidas em Portugal, empresas estrangeiras a operar em Portugal ou empresas portuguesas a operar no estrangeiro, que recrutem em Portugal quadros para trabalhar maioritariamente em/com mercados externos, coloquem anúncios de emprego bilingues, em inglês/português! Mas fará algum sentido que, em Portugal, num jornal português, dirigido sobretudo a portugueses, se redijam anúncios de emprego exclusivamente em inglês?! Ou se redijam em portug...

O desenvolvimento da tecnologia é, como se sabe, um duplo desafio para a língua portuguesa, porque, além da fidelidade idiomática pedida pela criação de um novo termo, impõe-se também fazer frente à pressão das línguas em que essa vanguarda tecnológica encontra expressão. São, por isso, de assinalar os esforços que, de modo institucionalizado ou como espontâneas reacções, têm levado a substituir o jargão informático anglo-saxónico por formas mais de acordo com as estruturas fonológica e morfo...

«Se a pujança do português permite a criação de obras literárias em países de todos os continentes, como não se considerar esta língua como uma riqueza dos que a falam?», pergunta — e responde — a presidente do ILTEC, em artigo publicado no semanário Expresso de  29 de Janeiro de 2011.

Lutamos por ti!

Cumulativamente com o Eu é que não sou parvo, a cadeia de lojas Media Markt, a maior empresa europeia daquilo que se designa por electrónica de consumo, tem agora o slogan: Lutamos por ti! Constatei isso numa recente visita a...

«O novo português não precisa de se concentrar — precisa de se “focalizar”. Não tem de ser resistente — tem de ser “resiliente”. Não imprime um texto — “printa”. E não tem esperança — tem “ilusão”.»  Artigo sobre os mais recentes modismos do português escrito e falado nos media portugueses, publicado no Público de 26 de Janeiro de 2011, que aqui se reproduz na íntegra, com a devida vénia ao autor e ao seu jornal.

 

«Estado não sabe o que fazer aos veículos do BPN»
«O Governo já decidiu dar uma nova imagem e gestão ao BPN. Mas ainda estuda com as instâncias europeias onde parquear os veículos.» ( Expresso, caderno Economia, 15 de Janeiro de 2011, p. 3)

 

«Por motivos de ordem técnica, encontra-se interrompida a exploração na Linha Azul. Não é possível prever a duração da interrupção.»

Num dia destes entrei no Metropolitano de Lisboa, e nos painéis luminosos da estação e pelos altifalantes era esta a mensagem que passava! Cito de memória, pelo que pode haver pequenas diferenças, mas nada que comprometa o sentido da frase e o que quero dizer.

Sobre o uso da forma <i>presidenta</i> no Brasil e em Portugal
Por Vários

Seguem três pareceres sobre o emprego de presidenta como feminino de presidente. Vêm eles a propósito da eleição da primeira mulher para a Presidência da República do Brasil — e a primeira, também, em qualquer país de língua portuguesa — que, por sua explícita vontade, se intitula, desde 1 de Janeiro de 2011, «a presidenta...

A palavra gireza começou — parece-me — a ser usada em português europeu por gente mais jovem nas redes sociais, em ambiente de escrita informal, descontraída, coloquial, passou em seguida para os blogues mais sérios e está agora nos jornais, primeiro no Metro, ainda com aspas, e agora, no Público, usada por Miguel Esteves Cardoso (MEC), numa das suas crónicas. Não sei se definitivamente consagrada no léxico, mas, pelo menos, pela notoriedade de quem a usa, a merecer que se olhe para ela.