Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Escrita irritada pode ser delicada

«(...) O [Acordo Ortográfico] veio facilitar a comunicação em língua portuguesa a nível internacional e mundial, mas a nível local veio prejudicar muitos cidadãos cuja subsistência está relacionada com a manutenção da imobilidade da ortografia em que nasceram, principalmente escritores, editores e críticos literários» – escreve-se neste artigo transcrito do jornal Público do dia 14/08/2016, em opinião divergente de uma anterior publicada no mesmo jornal, intitulada “O injustificável acordo orto(?)gráfico”.

São erros, senhores...<br> Ou serão ideias supimpas?

O que quer dizer supimpa? E quanto a incorreções tão comuns como "encapuçado" em vez de encapuzado, "salganhada" em vez de salgalhada, mais a confusão recorrente entre o «ir ao encontro de» como o «ir de encontro a...», ou "implementar" que serve para tudo e para nada? Ou, nos seus antípodas, aparentes contrassensos da linguagem, como é o caso da expressão «fazer a barba»? 

[Crónica do jornalista Nuno Pacheco, à volta de «meia dúzia de livros que [publicados em Portugal], desde meados de 2015, vêm a tratar dessa coisa preciosa que é a língua portuguesa, falada ou escrita». In "Público" de 12/08/20016, conforme a norma anterior ao Acordo Ortográfico, seguida pelo jornal.]

Uma reflexão sobre o acto de ensinar

«(...) Com a enxurrada de questões inócuas de gramática e exercícios de audição que infantilizam e tornam artificial o próprio acto de ouvir (não percebem que os adolescentes acham ridículo semelhantes práticas de ensino?), e de escrever, este tipo de provas fere de morte o ensino do português (...)», escreve o poeta e ensaista António Carlos Cortez neste artigo-reflexão* sobre os resultados das provas de aferição de Português para 8.º ano de escolaridade, em Portugal.

 

* In jornal Público, com o título "Provas de aferição: para uma reflexão sobre o acto de ensinar". Artigo escrito  segundo a norma de 1945.

Falares há muitos, dizeres também

♦«Calão é palavra matreira. No dicionário, tanto lhe dá para a mandrice (como calaceiro) como para a pesca (chama-se calão a um barco usado na pesca do atum), mas mais comum é tal palavra servir para designar uma "linguagem especial usada por certos grupos". Não há quem não saiba o que é, na verdade. (...)»

crónica do jornalista Nuno Pacheco, no jornal "Público" de 5/08/2016, que, a pretexto do lançamento da nova edição, revista e aumentada do Dicionário de Calão do Porto, esmiúça vários outros exemplos de expressões, localismos, regionalismos e modos de falar – que vão de Luanda, à Bahia, até ao Algarve]

O injustificável acordo orto(?)gráfico

Artigo de contestação ao Acordo Ortográfico – considerado pelo seu autor «uma completa inutilidade, que desfigura desnecessariamente o português escrito, em nome de um suposto objectivo cujo ponto de partida não passa do erro gerado por um entendimento absurdo do que faz divergir os diferentes usos da língua.» [in jornal "Público" de 7/08/2016, de que, com a devida vénia se transcreve na íntegra a seguir. Sobre o tema, e com visões similares ou distintas, cf. Textos Relacionados.]

10 palavras e expressões<br> que deviam ser banidas da língua
Disparates... às vezes sancionados pelos dicionários
«Copo com água», «literalmente», «perca», «para além disso» e «solarengo». »Não. Não. Não. Por favor, não» — pede o jornalista Luís Ribeiro em artigo a seguir transcrito, com a devida vénia, da revista Visão do dia 2 de maio de 2016.
Os Jogos Olímpicos do Rio de A a Z

A propósito dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, um curto glossário à volta da diferença, por exemplo, entre olimpíada e olimpíadas, olímpico e olimpismo, arena, estádio ou pavilhão. E muito mais.

AO90, a fórmula do desastre

«(...) O sistema português das consoantes etimológicas encontra-se, desde há séculos, em profunda instabilidade, digamos tudo, em estado caótico, e não se lhe vislumbra melhoria. Podemos lamentá-lo, podemos tentar abrir aqui e ali corta-fogos, mas a instabilidade veio para ficar. E que fez este AO? Tirou-nos duma situação em si suportável, e introduziu-nos, sem ganho nenhum, num emaranhado de perplexidades. (...)»

[artigo que se transcreve a seguir na íntegra e conforme a norma seguida no original, in jornal Público de 1 de agosto de 2016. Uma referência ao Ciberdúvidas e outro ponto igualmente menos rigoroso do autor justificaram duas notas da nossa responsabilidade editorial.]

(isto não é um texto ordinário ou vulgar)

Sobre o palavrão e outros tabuísmos de linguagem – neste artigo do jornalista português Henrique Monteiro, publicado no semanário "Expresso" de 31/07 p.p.

Inconstitucionalidades da Resolução n.º 8/2011 (AO 90)

Dois dos mais ativos oponentes do Acordo Ortográfico, em Portugal, juristas de formação, consideram neste artigo** haver cinco inconstitucionalidades e uma ilegalidade na Resolução do Conselho de Ministros, de janeiro de 2011, que determinou a sua aplicação no sistema educativo do país no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 1 de janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Estado (vigorando em pleno a partir de 22 de maio de 2015).

** in jornal "Público" de 30 de julho de 2016