O debate televisivo¹ era sobre a greve em Portugal dos camionistas de matérias perigosas e mercadorias. Às tantas, um dos participantes lembrou que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já havia previsto há algum tempo esta situação. Só que o verbo usado – que até foi acertadamente adequado – não podia ser conjugado como foi: «[O Presidente da República] anteveu que havia algum mal-estar, uma contestação [entre os camionistas].» Ou seja, foi um valente (muito recorrente) tropeção no pretérito perfeito do indicativo do verbo antever²... que se conjuga como o verbo ver.
¹ Programa 360º, da RTP3, de 8 de agosto de 2019.
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