Um dos temas privilegiados do Consultório tem sido a etimologia onomástica (da antroponímia — os nomes próprios, dos apelidos e nomes de família; da toponímia — da península, da cidade, da vila, da aldeia e de outros locais de referência, assim como a das ruas), índice revelador da necessidade dos falantes de conhecerem melhor o seu espaço de pertença, recorrendo à língua, a pátria comum a um universo alargado a todos quantos a sentem como sua.
Tal como qualquer falante comum, num texto publicado em O Nosso Idioma, José Saramago verbaliza essa sede de regresso às origens de Lisboa, como forma de aceder a um passado que se mantém na bruma. Como se chegou da Olisippo pré-romana e romana à atual grafia da capital do país que gerou e espalhou a língua portuguesa?
Na rubrica Controvérsias, ficam em linha entretanto três novos textos relacionados com a regressada querela sobre o Acordo Ortográfico, em Portugal: Consoantes mudas ou colunistas surdos?, Pela grafia dupla e O cantinho de Vasco Graça Moura.
O respeito pela língua evidencia-se na preocupação com o uso correto de palavras e de expressões, pelo cuidado com o léxico e com a grafia, no desejo de se conhecer a atual terminologia linguística como meio de se dominar a classe das palavras a que certos termos e expressões pertencem e na interpretação das expressões idiomáticas de cariz metafórico.