Comemora-se pela primeira vez em 16 de maio 2014 o Dia do Português como Língua de Herança. É uma iniciativa brasileira, que reúne a organização Brasil em Mente e outras entidades promotoras do português como língua de herança nas várias comunidades brasileiras espalhadas pelo mundo, incentivando a consciência linguística e cultural como forma de afirmação identitária. Um documentário de 2012, intitulado BraZil com S – A língua portuguesa no exterior, mostra como, nos Estados Unidos, vários brasileiros procuram passar a filhos, netos ou alunos o seu legado linguístico e cultural; um dos grandes princípios é o enunciado pela professora Felícia Jennings-Winterle no vídeo que a seguir se disponibiliza: O português nunca pode ser a língua da mamãe; [...] tem [de] ser uma língua de um monte de gente, [de] um monte de criança.»
A linguística forense é um ramo de investigação em pleno florescimento, que põe os métodos da linguística ao serviço da atividade dos tribunais. É, portanto, de assinalar o 2.º Seminário de Linguística Forense, que se realiza no dia 22 de maio de 2014, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
E, a propósito da presença ativa da língua portuguesa nos mais variados domínios, a rubrica O Nosso Idioma, divulga um artigo de Isabelle Oliveira, professora na Sorbonne (Paris), sobre a importância de desenvolver o português científico em todos os países lusófonos. Já no âmbito da língua falada, Edno Pimentel reflete sobre o uso recorrente mas normativamente incorreto de «a gente vivemos/vamos/estamos/somos...». Ainda na mesma rubrica, Wilton Fonseca comenta em nova crónica um neologismo duvidoso – o verbo coimar, de coima. Dúvida é que não existe a respeito de classificar como erro a expressão «"a" cárcere"», porque cárcere é substantivo do género masculino – observa Paulo J. S. Barata no Pelourinho. No consultório, esclarecem-se questões relativas à forma do verbo miscigenar, à atestação de picuinhice, ao verbo falar na voz passiva, ao substantivo grama, à locução «andar às voltas», à regência do verbo testemunhar e ao estrangeirismo «à la».
Em foco, no programa Língua de Todos de sexta-feira, 16 de maio (às 13h15* na RDP África, com repetição aos sábados, depois do noticiário das 9h00*), a experiência pedagógica do Agrupamento de Escolas Agualva, Mira-Sintra, no âmbito do Português Língua não Materna. No Páginas de Português de domingo, dia 18 de maio (às 17h00*, na Antena 2), o professor José Paulo Esperança fala sobre o potencial da língua portuguesa, e Ayaka Kimura, terceira-secretária da embaixada do Japão em Lisboa, descreve o estado do ensino do português no País do Sol Nascente; participação, ainda, de Sandra Duarte Tavares na rubrica Ciberdúvidas Responde.
* Hora de Portugal continental.
Na Ciberescola da Língua Portuguesa e nos Cibercursos, professores e alunos têm livre acesso a materiais de estudo do Português (língua materna e não materna); também se organizam cursos individuais para estudantes estrangeiros (Portuguese as a Foreign Language). Informações na rubrica Ensino.
Reiteramos o apelo SOS Ciberdúvidas e, com ele, os agradecimentos aos consulentes que entenderem apoiar a manutenção deste serviço sem fins lucrativos, em prol da língua portuguesa na sua diversidade.