Vai para o ar neste dia, 6.ª feira, 24/02/2015,, depois da 10 horas (em Portugal), a quarta emissão do programa Páginas de Português, na Antena 2. Sintonizável em FM em Portugal (no 94.4, em Lisboa, e no 92.5, no Porto) e via Internet, no resto do Mundo.
Tudo indica que o Inglês vai passar a ser disciplina obrigatória, a partir do terceiro ano de escolaridade em Portugal. É essa, pelo menos, a proposta avançada por um grupo de trabalho do Ministério da Educação – e para o mesmo aponta o Programa de Governo do Partido Socialista, a concretizar depois das eleições legislativas deste domingo, dia 20.
É uma medida didá(c)tica e politicamente conveniente, como sustentam os mais recentes estudos das ciências da cognição: quanto mais novo se aprende uma língua estrangeira, melhores serão os resultados. Nada mais óbvio, pois, sendo o Inglês a língua franca do mundo contemporâneo globalizado – afinal, o estatuto que o Português já dispôs no século XVI, quando o nosso idioma «deu novos mundos ao mundo», como acaba de recordar o Prof. Fernando Cristóvão, na última emissão do programa de rádio “Páginas de Português”
Mas há outra realidade a ter em conta.
Sem o domínio da sua própria língua materna, a competência no Inglês desde os primeiros anos da escolaridade, ou em qualquer outra língua estrangeira, não passará disso mesmo: um (belo) propósito, sem correspondência pedagógica mínima. E como é possível inverter a situação de autêntica catástrofe do nível da compreensão e expressão oral e escrita das crianças e jovens portugueses no seu próprio idioma (vide o último relatório do PISA, um programa da OCDE), se elas continuarem a poder passar no 2.º Ciclo do Ensino Básico (5.º e 6.º anos de escolaridade) com negativa a Português?!
José Carlos Abrantes, investigador universitário da aérea dos media e da Internet, acaba de publicar em Lisboa o livro 1001 razões para gostar de Portugal, sob a chancela da Texto Editora. Ciberdúvidas da Língua Portuguesa é uma dessas 1001 razões, à volta do que há de bom neste país de oito séculos – da história à gastronomia, do clima aos modos de viver dos portugueses. Nelas se incluem mais de duas centenas de pessoas, entre artistas, escritores, poetas, professores, cientistas, médicos, advogados, magistrados, arquitectos, engenheiros, empresários, sindicalistas, ambientalistas, homens e mulheres de todas as actividades, do artesanato à pintura, do bailado à música, do cinema, do teatro ou do desporto. É uma distinção que muito nos desvanece, e que partilhamos com os nossos prezados consulentes.
Devido ao feriado da Terça-Feira de Carnaval, Ciberdúvidas volta às suas actualizações diárias só na quarta-feira seguinte, dia 9.
Ficam entretanto em linha 42 novas respostas, além de todos os demais assuntos sobre a Língua Portuguesa disponíveis em cada uma das onze áreas temáticas através do motor de busca.
Vai para o ar, na próxima sexta-feira, 4 de Fevereiro, depois das 10 da manhã (hora de Portugal), o programa de rádio produzido pelo Ciberdúvidas sobre a Língua Portuguesa para a Antena 2, o canal tradicionalmente de música clássica da RDP, emissora pública portuguesa de radiodifusão.
Com a realização radiofónica do jornalista João Alferes Gonçalves, “Páginas em Português” envolve na sua edição os coordenadores do Ciberdúvidas, José Manuel Matias e José Mário Costa.
Este é o primeiro de quatro programas que o Ciberdúvidas vai fazer para o serviço público de rádio e televisão de Portugal à volta do nosso idioma.
A RDP e a RTP, rádio e televisão públicas portuguesas, acordaram com o Ciberdúvidas a realização de quatro programas sobre a Língua Portuguesa, o primeiro dos quais estreará já no dia 4 de Fevereiro, na Antena 2.
Especialmente concebido para um público de nível superior, como é o auditório do canal de música clássica da RDP, o programa, com a duração de 25 minutos, irá para o ar todas as sextas-feiras depois das 10 da manhã. Nele se falará do ensino e da política da língua, mas também da sua diversidade nos demais países lusófonos, numa viagem pelo nosso idioma através dos tempos, incluindo as canções dos poetas seus mais lídimos cultores.
O segundo programa de rádio, ainda sem data marcada, será difundido na Antena 1, à volta de uma pergunta dos ouvintes, de segunda a sexta-feira. Ainda por formatar, haverá um terceiro programa para a RDP-África.
Para o primeiro canal da RTP, previsto para o início de Março, o espaço de Língua Portuguesa integrará uma linha diária de pequenos magazines temáticos de 12 minutos, de segunda a sexta-feira, logo a seguir ao Telejornal. O objectivo – decorrente, afinal, do que cabe ao serviço público de televisão – é estimular o culto da Língua Portuguesa, num programa que se pretende ao mesmo tempo didáctico, informativo e lúdico. Será emitido às terças-feiras.
Oxalá estejamos à altura destes desafios tão entusiasmantes. Para o bem, e pelo amor, a esta nossa língua de oito povos, como lhe chamou o saudoso João Carreira Bom.
15 de Janeiro de 1997-15 de Janeiro de 2005. Ciberdúvidas da Língua Portuguesa entra no seu oitavo ano de vida. Vida que não tem sido nada fácil, dados os escassos apoios dos poderes instituídos, públicos e privados. Mas desde a primeira hora contou sempre com o entusiasmo e a dedicação dos seus fundadores, os jornalistas João Carreira Bom, entretanto falecido, e José Mário Costa, e dos nossos generosos consultores e colaboradores.
Ao longo destes anos, acumulámos uma massa considerável de conteúdos sobre a Língua Portuguesa que ultrapassa, já, os 15 mil textos. Sempre pautámos o nosso comportamento pelo rigor e pela total abertura às múltiplas perspectivas de análise sobre o nosso idioma comum de oito povos, acolhendo, sempre, a crítica e o reconhecimento dos nossos próprios erros.
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa cruza os mais diversificados públicos e fronteiras: das perguntas mais elementares até às necessidades e às preocupações mais elaboradas, como, por exemplo, do núcleo de tradutores de português da União Europeia ou dos muitos Leitorados de Português existentes em universidades estrangeiras; de profissionais tão diferentes como médicos, advogados, professores, jornalistas, informáticos e alunos dos mais diversos graus de ensino. E liga, divulgando e promovendo os livros em português, a língua com a literatura, assumindo-se neste campo, também, como instrumento de valor estratégico evidente.
Compreender a Língua Portuguesa na sua multiplicidade de análises e compreender que, por circunstâncias históricas, a partir do século XV, a nossa língua se disseminou «pelas quatro partidas do mundo», difundida por marinheiros, mercadores e missionários. Do Brasil a Macau. Do litoral das costas africanas à Índia e a Timor. Compreender que a Língua Portuguesa é pertença de todos os seus falantes.
Somos um autêntico serviço público em prol da Língua Portuguesa, como não há outros nestes moldes em todo o espaço da lusofonia. A verdade é que, a despeito de alguns apoios pontuais - dos quais cumpre realçar, e agradecer, os que recebemos do ex-ministro da Cultura Pedro Roseta, da Fundação Calouste Gulbenkian (para a organização temática de todo o arquivo acumulado nestes já oito anos) e da Universidade Lusófona (em cujas instalações em Lisboa o Ciberdúvidas funciona) -, o Ciberdúvidas continua a arrostar com a indiferença das entidades oficiais, e não só de Portugal, com responsabilidades acrescidas na promoção e na difusão da Língua Portuguesa.
Por isso, e no presente cenário de crise agravada em Portugal, é com muita preocupação que encaramos a sobrevivência deste projecto que nos envolve a todos há oito anos.
A propósito da resposta à pergunta da consulente Ana Brito sobre a função sintáctica do sintagma «a homem pobre» no provérbio «A homem pobre ninguém roube», colocamos desde esta data em linha uma nova resposta, esta subscrita pela dr.ª Edite Prada — e, simultaneamente, outra resposta da dr.ª Maria Regina Rocha.
1. Fica desde esta data em linha no Ciberdúvidas um texto sobre a «nossa magna língua», do historiador português e ex-presidente do Instituto Camões, Jorge Couto, que foi publicado originariamente no semanário “Expresso”.
2. O “Estado de S. Paulo”, na sua edição do dia 2 de Janeiro, deu à estampa um completíssimo trabalho sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que colocámos também à disposição de quantos se interessam pelo nosso idioma comum, na rubrica Notícias Lusófonas. E juntámos, aí também, uma ligação a um recente texto do linguista brasileiro Deonísio da Silva.
3. Mesmo que discordemos frontalmente de algumas posições expressas num e noutro artigo – e o caso mais flagrante é a concepção de grande potência dominante no segundo, como se o acordo estabelecido em 1990 representasse a «submissão» do Brasil (por sinal, as modificações até ocorrerão mais no Português Europeu do que no Português do Brasil…) –, a diferença está aí. Enquanto no Brasil o tema da ortografia comum para a língua portuguesa voltou a agitar jornais e opiniões, deste lado do Atlântico é como se nada se tivesse passado em São Tomé e Príncipe. Lamentavelmente.
Como é hábito, na época natalícia, interrompemos desde esta data as actualizações diárias do Ciberdúvidas, regressando no dia 3 de Janeiro de 2005.
Ficam entretanto em linha mais 70 respostas. E voltamos a chamar a atenção para os excelentes textos do Presidente Jorge Sampaio, do jornalista David Borges, na rubrica O Português na 1.ª Pessoa, e do escritor angolano Ondjaki, na Antologia, lidos na Conferência A Língua Portuguesa: Presente e Futuro, realizada na Fundação Calouste Gulbenkian em 6 de Dezembro de 2004.
Todas as perguntas ainda não respondidas, assim como as que entretanto nos cheguem neste período, sê-lo-ão logo depois do reatamento com os nossos consulentes, a quem desejamos as Boas Festas. E que 2005 seja um bom ano para a Língua Portuguesa!
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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