1. As respostas deste dia mostram que a inovação e a variação são inerentes ao uso de uma língua viva. A norma, porém, impõe limites e surge por muitas razões: porque há regras, como na pronúncia de tenista; porque há uma tradição (cf. Estói vs. Estoi); ou porque há certas convenções, por exemplo, no caso dos diminutivos.
2. E a propósito de normas e convenções, as Notícias dão conta de uma estranha decisão do Ministério da Educação português e revelam a recente movimentação à volta do novo acordo ortográfico.
1. Neste dia predominam as perguntas sobre léxico: que significa fobia? origem é nome comum? qual o antónimo de superficial? Mas discutem-se também questões de sintaxe, como o uso do infinitivo pessoal (ou flexionado) e a colocação dos pronomes átonos com locuções verbais.
2. Foram ainda actualizadas as Notícias (realce para o Acordo Ortográfico), e o Pelourinho acolhe dois novos textos: João Alferes Gonçalves considera que "bullying" é um anglicismo dispensável; Ana Martins evoca a intensificação do contacto do português de Portugal com o português do Brasil há trinta anos. Finalmente, na Montra de Livros, dá-se conta da publicação da obra intitulada Como Evitar o Atamancado do "Jornalês".
1. O latim, língua-mãe do português, domina as atenções nesta actualização. Mas dúvidas ligadas à coerência do pensamento e do discurso também nos levam a comentar expressões como «chorar convulsivamente» e a analisar a concordância entre pronomes. São também revisitados tópicos que foram uma constante na semana que finda: a etimologia, a formação de palavras e a ortografia.
2. Sobre forma de palavras, nomes de localidades e designação dos respectivos habitantes, recomendamos mais uma vez a consulta de dois recursos disponíveis em linha: a MorDebe e o Dicionário de Gentílicos e Topónimos.
1. As dúvidas deste dia centram-se sobretudo na sintaxe, na ortografia e na morfologia. Por exemplo, explicamos que em breve não é uma conjunção; falamos do uso do hífen; e voltamos à formação dos superlativos absolutos sintéticos. Mas comentamos também algumas achegas: é o caso das questões sobre varanda e obrigado.
2. E qual é a origem da expressão «ir para o maneta»? As Notícias dizem-lhe como pode saber.
1. São vários os tópicos focados nesta actualização. Assim, falamos de família de palavras, bem como do significado e do contexto histórico das mesmas; indicamos a grafia de estrangeirismos; e regressamos às classes morfossintácticas.
2. O Pelourinho é preenchido por dois novos apontamentos: Regina Rocha retoma a regra da concordância com percentagens; e José Mário Costa pede cuidado na legendagem de filmes.
1. Predominam neste dia as perguntas acerca de palavras. Por exemplo, falamos sobre a atestação de impante e a formação de extorsionário; explicamos que não se usa o superlativo de fantástico; e voltamos a falar dos antónimos de morrer. A ortografia é também abordada, nas respostas sobre nu e icebergue.
2. Recordamos que, em relação às palavras e à sua boa formação, vale sempre a pena consultar primeiro a base de dados morfológica Mordebe.
3. Por último, chamamos a atenção para um novo Correio, com indicações muito úteis para fazer pesquisa no Ciberdúvidas.
1. As respostas deste dia retomam tópicos já aqui tratados:
— a passagem do discurso directo para o discurso indirecto;
— a confusão entre «para mim» e «para eu», frequente no português do Brasil;
— a identificação da sílaba tónica;
— problemas de análise sintáctica;
— o significado de expressões idiomáticas.
2. No Pelourinho, Maria Regina Rocha lembra que prebendas e provendas não são para confundir; e Ana Martins revela as vantagens da coluna do provedor do leitor em qualquer jornal.
1. Damos conta, na edição deste dia, do estado da questão sobre a evolução (ou falta dela) relativa à entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990. O tema da atestação vocabular é igualmente dominante, com a confirmação de formas como colheteira, estreptocínase ou instituidor, por exemplo. A terminologia gramatical é também visada.
2. Divulgamos a notícia da atribuição do Prémio João Carreira Bom, que distingue trabalhos na área da crónica jornalística, a José Manuel dos Santos, pelas suas crónicas no Expresso, durante o ano de 2006.
3. Relevamos, ainda, o Colóquio O Fascínio da Linguagem, em homenagem à Professora Fernanda Irene Fonseca, a decorrer nos dias 23, 24 e 25 de Maio, no Porto.
O colóquio conta com a presença de Bernard Pottier, Inês Duarte, Ivo Castro e de todos quantos trabalharam e se enriquecem com o trabalho de Fernanda Irene Fonseca.
1. Da totalidade das respostas publicadas neste dia, é possível fazer derivar tópicos mais gerais de reflexão.
Será que o inglês está a pôr em risco a identidade das outras línguas, ou é possível enquadrar a dominância do inglês como um fenómeno típico de uma língua franca? De notar que o latim e o francês foram também, no passado, línguas francas. É de consultar, a este propósito, as respostas sobre o estrangeirismo spam, assim como o Correio.
Se nos preocupamos com a afirmação da língua portuguesa no mundo, também, dentro de portas, não devíamos olhar com preocupação para o progressivo definhar das variedades regionais? Por exemplo, com que frequência ouvimos a palavra rabosano?
2. E como a língua portuguesa precisa do olhar crítico dos seus falantes, divulgamos uma carta de protesto ao modo como foi dinamizado o Campeonato Nacional de Língua Portuguesa.
Acontece muitas vezes a tentação de estabelecer conexões onde realmente não as há.
Por exemplo, praga e peste são palavras semântica e etimologicamente distintas; bebemos o chá pela xícara, mas as palavras de um e outro referente têm origens diferentes; se é certo que não é só o português que recorre a verbos auxiliares, também é verdade que não podemos fazer corresponder uma determinada perífrase verbal do inglês ou do francês a uma dada perífrase em português. Depois, há que ter consciência de que nem todas as traduções ou derivações se podem fazer: é o caso de brotherless e de "responsabilizante", respectivamente.
Por fim, e como para tudo há — ou devia haver — regras, aqui fica a anotação de como se grafa uma boa gargalhada!
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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