1. São vários os tópicos focados nesta actualização. Assim, falamos de família de palavras, bem como do significado e do contexto histórico das mesmas; indicamos a grafia de estrangeirismos; e regressamos às classes morfossintácticas.
2. O Pelourinho é preenchido por dois novos apontamentos: Regina Rocha retoma a regra da concordância com percentagens; e José Mário Costa pede cuidado na legendagem de filmes.
1. Predominam neste dia as perguntas acerca de palavras. Por exemplo, falamos sobre a atestação de impante e a formação de extorsionário; explicamos que não se usa o superlativo de fantástico; e voltamos a falar dos antónimos de morrer. A ortografia é também abordada, nas respostas sobre nu e icebergue.
2. Recordamos que, em relação às palavras e à sua boa formação, vale sempre a pena consultar primeiro a base de dados morfológica Mordebe.
3. Por último, chamamos a atenção para um novo Correio, com indicações muito úteis para fazer pesquisa no Ciberdúvidas.
1. As respostas deste dia retomam tópicos já aqui tratados:
— a passagem do discurso directo para o discurso indirecto;
— a confusão entre «para mim» e «para eu», frequente no português do Brasil;
— a identificação da sílaba tónica;
— problemas de análise sintáctica;
— o significado de expressões idiomáticas.
2. No Pelourinho, Maria Regina Rocha lembra que prebendas e provendas não são para confundir; e Ana Martins revela as vantagens da coluna do provedor do leitor em qualquer jornal.
1. Damos conta, na edição deste dia, do estado da questão sobre a evolução (ou falta dela) relativa à entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990. O tema da atestação vocabular é igualmente dominante, com a confirmação de formas como colheteira, estreptocínase ou instituidor, por exemplo. A terminologia gramatical é também visada.
2. Divulgamos a notícia da atribuição do Prémio João Carreira Bom, que distingue trabalhos na área da crónica jornalística, a José Manuel dos Santos, pelas suas crónicas no Expresso, durante o ano de 2006.
3. Relevamos, ainda, o Colóquio O Fascínio da Linguagem, em homenagem à Professora Fernanda Irene Fonseca, a decorrer nos dias 23, 24 e 25 de Maio, no Porto.
O colóquio conta com a presença de Bernard Pottier, Inês Duarte, Ivo Castro e de todos quantos trabalharam e se enriquecem com o trabalho de Fernanda Irene Fonseca.
1. Da totalidade das respostas publicadas neste dia, é possível fazer derivar tópicos mais gerais de reflexão.
Será que o inglês está a pôr em risco a identidade das outras línguas, ou é possível enquadrar a dominância do inglês como um fenómeno típico de uma língua franca? De notar que o latim e o francês foram também, no passado, línguas francas. É de consultar, a este propósito, as respostas sobre o estrangeirismo spam, assim como o Correio.
Se nos preocupamos com a afirmação da língua portuguesa no mundo, também, dentro de portas, não devíamos olhar com preocupação para o progressivo definhar das variedades regionais? Por exemplo, com que frequência ouvimos a palavra rabosano?
2. E como a língua portuguesa precisa do olhar crítico dos seus falantes, divulgamos uma carta de protesto ao modo como foi dinamizado o Campeonato Nacional de Língua Portuguesa.
Acontece muitas vezes a tentação de estabelecer conexões onde realmente não as há.
Por exemplo, praga e peste são palavras semântica e etimologicamente distintas; bebemos o chá pela xícara, mas as palavras de um e outro referente têm origens diferentes; se é certo que não é só o português que recorre a verbos auxiliares, também é verdade que não podemos fazer corresponder uma determinada perífrase verbal do inglês ou do francês a uma dada perífrase em português. Depois, há que ter consciência de que nem todas as traduções ou derivações se podem fazer: é o caso de brotherless e de "responsabilizante", respectivamente.
Por fim, e como para tudo há — ou devia haver — regras, aqui fica a anotação de como se grafa uma boa gargalhada!
1. É interessante dar conta dos vestígios de outras línguas no português — o que reflecte a formação e a evolução da língua portuguesa. Esse mesmo tema atravessa as respostas sobre as palavras háptico, comenda, mestre ou sobre os topónimos de origem árabe. Visada é também a actual turbulência lexical, na integração (ou não) de anglicismos, como download.
Outro tópico afim é a adaptação de topónimos para o português (caso de Molucas e Celebes). Aproveitamos, aliás, para recomendar, sempre que está em causa a simples atestação de formas, o Dicionário de Gentílicos e Topónimos, do ILTEC.
2. Entretanto, no Pelourinho, fica a nota: a palavra rubrica deve ser pronunciada com acento na segunda sílaba antes do fim da palavra, aliás, como pudico.
1. Saiba que um estado catatónico se opõe ao espírito que facilmente ebule. Certifique-se a respeito da variação chuva de molha-tolos — chuva de molha-todos. Reflicta sobre a possibilidade de distinguir senadora de senatriz, tal como embaixadora de embaixatriz. Reconheça a utilidade dos sicofantas da língua. Invista em saber mais sobre a língua portuguesa.
2. Como encarar as falhas de língua na comunicação social: como gralhas ou como erros? No Pelourinho apresentamos alguns dados de reflexão. Há outros temas aí: a pontuação e a posição dos clíticos.
3. Leia em Lusofonias um protesto contra a exclamação — sem recurso a pontos de exclamação!
1. Propomos, neste dia, descrições gramaticais já aqui tratadas, mas com aplicações a novos casos. Eis alguns tópicos:
— a contracção, ou não, da preposição com o artigo;
— a presença, ou não, de artigo definido em grupo preposicional;
— a regência dos verbos concordar e exorbitar;
— a adaptação gráfica de estrangeirismos.
Outro aspecto de interesse diz respeito à atestação de palavras e à confirmação da sua pertença ao léxico do português, como sejam iluminamento e criogenia.
Ficaram nesta semana em linha 74 respostas.
2. Na rubrica Ensino, apresentamos uma reflexão sobre as principais questões tratadas na Conferência Internacional do Ensino do Português.
3. Na Antologia, damos a ler Invenção da Escrita, um poema de José Jorge Letria.
1. O facto de uma língua ter regras e princípios de uso não significa que ela se imponha ao falante como um colete de forças. Isso mesmo é verificável, nas respostas editadas neste dia:
— na sintaxe: dignar-se pode ser regido ou não da preposição a;
— na semântica: o topónimo Ota pode adquirir uma feição de nome comum e ser usado como sinónimo de problema;
— no léxico: a palavra chocarro, tal como tantas outras, aparece em letra impressa, não estando, no entanto, dicionarizada.
2. Apesar disso, o arrojo da língua e dos seus falantes não vai ao ponto de empregar telégrafo por telegrafista...
3. Saiba ainda por que razão o idioma dos índios piraãs, da Amazónia, é tão intrigante para os linguistas.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações