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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

É uma evidência que a língua portuguesa — qualquer língua — evolui e se modifica. Tal implica perdas e aquisições de formas lexicais, de construções e de realizações fonéticas. Mas isso não autoriza a que se assuma, numa dada sincronia, a extinção iminente de uma forma quando, de facto, não é isso que acontece.

Quando se diz a um aluno de português língua estrangeira que a 2.ª pessoa do plural já não existe em português, há aí, no mínimo, alguma precipitação, posto que nas regiões do Minho, Douro e Beira Interior (Portugal) esta forma ainda está viva. É, portanto, lícito ensinar  um aluno estrangeiro a dizer: «Ides vós retirar a 2.ª pessoa do plural da conjugação verbal?»

Um exemplo de evolução na língua, por inovação lexical, está na tendência constante de os falantes inventarem palavras: vejam-se os casos de "distraibilidade", "observabilidade", "impredizibilidade", etc.

Depois, há critérios não regulares de aceitação de construções, isto porque a língua não se rege por uma lógica apriorística, mas por princípios de ordem funcional/comunicativa: é exemplo disso a aceitação plena da redundância na expressão eu próprio, em confronto com a rejeição de formas como voltar de novo

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1. Estão a derreter nas regiões polares e já não preocupam só os ambientalistas: são as calotes ou calotas de gelo. No Pelourinho, recorda-se que o substantivo do género feminino calote/calota não deve ser confundido com calote, no masculino.

2. Os tópicos deste dia são diversificados. Saiba:

— o que é uma « postura holística»;
— que há nomes próprios híbridos, autênticas amálgamas;
— que directo pode ser advérbio;
— por que razão conta-cliente deve ter hífen;
— que se diz « as Lajes» (topónimo das Flores e de outras ilhas dos Açores).
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1. Quando a cobardia, o deixar os outros de rastos, o arriar a giga têm mais peso do que a civilidade, os efeitos são nefastos para o avanço cultural de uma comunidade. «Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal»?

2. Sabia que a palavra eu (assim como palavras correspondentes de 87 línguas) foi uma das que menos mudaram na sua constituição fonética ao longo de milénios? Não é por acaso: eu é o deíctico por excelência, o pronome que permite a auto-referência — lugar onde tudo começa.

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1. O provérbio é uma construção discursiva fixa que percorre todas as línguas do mundo; é nele que se armazena o conhecimento consensual, o senso comum, as verdades culturalmente aceites. Numa conversação, são eles que dão autoridade a uma argumentação. Daí que a forma e o sentido dos provérbios sejam frequentemente alvo de explicitação nas respostas em linha. (Ver A união faz a força e Os amigos são para as ocasiões).

Outro tema recorrente é, sem dúvida, a etimologia das palavras: na actualização deste dia, fique a saber a origem de Pedro e de corrupção.

2. O uso da preposição é visado no consultório, mas também no Pelourinho, quer no que respeita a questões de forma, quer no que toca a questões de selecção.

3. Propomos ainda uma visita à Antologia, onde se reproduz um delicioso texto de João Ubaldo Ribeiro, com a devida vénia ao jornal "O Globo".

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1. Que significa fajuto? É uma das perguntas desta actualização, preenchida por tópicos variados. Comecemos com um provérbio, evocando a figura do "brasileiro" (até princípios do século XX, português regressado do Brasil). Depois, passemos à formação de palavras, e analisemos lourenciano e arcossauro. A denominação é igualmente tratada ao falarmos de mochileiro e holmiano. Aborde-se o significado lexical na resposta sobre podologia. Discuta-se a semântica e a frase a propósito da locução de sempre, da construção passiva e do futuro perifrástico. Por fim, voltemos às origens para desvendar a etimologia de bucho e paisagem.

2. Nas Notícias damos conta do aparecimento de um sítio sobre o mirandês e do debate em torno do novo Acordo Ortográfico também na Galiza. E a propósito dos laços do português com esta região, a Montra de Livros apresenta o Vocabulário Histórico Cronológico do Português Medieval, de Antônio Geraldo da Cunha.

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Estudar o passado e o presente das palavras é um trabalho de paciência. Ora o tema predominante deste dia é precisamente a história, a formação e o uso do léxico. Com efeito, falamos de:

locuções latinas;
— etimologia, a respeito de selo e dizimar;
— boa formação, a propósito de co-coordenação;
— sinonímia, em relação a elegibilidade;
— contrastes semânticos, por exemplo, nos pares nato/inato, portanto/pois.
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1. Nesta actualização, focam-se aspectos da renovação de palavras e expressões. Assim, por exemplo, é raro não haver adaptações nos estrangeirismos: mudam a pronúncia e a morfologia originais, como acontece em bijutaria e decupar; disfarça-se a formação estrangeira, como em empoderamento. É que numa língua como o português, de origem latina, a tradição impõe critérios linguísticos específicos — assim se explica que Olhos Bulidos talvez seja melhor que "Olhos Bolidos" e que se distinga o grama da grama.

2. Ainda a propósito de renovação e tradição, as Lusofonias divulgam um texto que revela a criatividade dos processos de intensificação do "futebolês" do Brasil.


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1. «Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo», diz o ditado. Mas, em relação ao novo Acordo Ortográfico, há quem ache que já amanheceu e é hora de despertar para o futuro. É o que se lê nas Controvérsias.


2. Descubra ainda nesta actualização:

— que «colecção privada» e «colecção particular» significam o mesmo;

— o que é uma palavra primitiva;

— a diferença entre Felgueiras e Filgueiras;

— a origem das palavras probo e testa-de-ferro.

3. Nas Lusofonias, Ana Martins mostra que as palavras são um mundo.

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1. Nas respostas deste dia reflecte-se a diversidade do mundo de língua portuguesa. Um carioca contesta a análise de uma frase, e uma estudante, também do Rio de Janeiro, fica intrigada com a classificação de decerto. Outro consulente, de Luanda, retoma os substantivos e adjectivos compostos. Do Texas, alguém pergunta se sugestionabilidade mostra a influência do inglês. Um algarvio interroga-se sobre a legendagem em português do Brasil.

2. A discussão do novo Acordo Ortográfico prossegue, mas pelos vistos só no Brasil. Nos outros cantos onde se fala português parece reinar um silêncio ensurdecedor. As Controvérsias recolhem os ecos da imprensa.

3. Se a ortografia é polémica, outros tópicos poderiam ser mais pacíficos. O Pelourinho foca uma reportagem televisiva a respeito dos falares regionais de Portugal, mas encontra alguns equívocos. E já que a língua portuguesa não é para deixar ninguém indiferente, a Montra de Livros sugere a consulta do Dicionário das Paixões, de Ivonne Boudelois.

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1. Quantas vezes já não ouvimos esta parcela de conversa:

— Como está a correr o trabalho?
— Vai andando... vai indo.

Com esta resposta é possível dizer que estamos a trabalhar, ainda que o trabalho não se encaminhe para um fim. Usamos o gerúndio para não deixar perceber que nunca mais é sábado ou que temos em mãos obras de Santa Engrácia...

Pois foi para evitar este tipo de respostas que o Governador do Distrito Federal aboliu — por decreto — o uso de prerífrases com gerúndio na comunicação oficial do funcionalismo público.

2. Não é só a forma de escrever que é alvo de polémica (veja-se a mais recente polémica sobre o Acordo Ortográfico). Há casos de pronúncia que também dão que pensar. Por exemplo, o modo como se articula a vogal inicial na palavra oliveira ou o caso de uma possível semelhança fonológica entre o português e o russo. Estes e outros temas percorrem as 17 respostas publicadas neste dia.

3. Relembramos a possibilidade de seleccionar a norma ortográfica pretendida (em PE|PB no canto superior direito da página). Deste modo, a dupla grafia automática evita a duplicação de caracteres, como acontecia  antes da reestruturação da base de dados do Ciberdúvidas - ficando agora mais fácil para quem nos consulta o acesso a uma ou outra variante.

4. Esta é a última actualização desta semana: sexta-feira, 5 de de Outubro, é feriado nacional em Portugal.