Critérios linguísticos
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Critérios linguísticos
1. Já sabemos que no uso da língua há regras gramaticais, há convenções sociais e há excepções. Nesta actualização, falamos um pouco de tudo isto, mas também de critérios a aplicar a formas irregulares, neológicas ou estruturalmente menos estáveis:— como formar o diminutivo de um nome masculino terminado em -a (por exemplo, poema)?— devem-se hifenizar sempre os compostos constituídos por verbo e substantivo (ex., guarda-fatos)?— como fazer a concordância com sujeitos ligados por «bem como»?2. A vida institucional exige à...
Bolas! É aloé ou aloés?
Neste dia relemos Aquilino Ribeiro para mostrar como interjeições e expressões idiomáticas cristalizam algumas situações de comunicação com as suas especificidades históricas. Satisfazemos a eterna curiosidade pela origem das palavras: donde vêm dândi e confraternizar?Analisamos orações e predicados.E embrenhamo-nos nas designações do aloés....
Project Gutenberg promove o português
1. O presidente dos Estados Unidos só pode andar enganado. Como é que financiar o ensino do português é esbanjar dinheiro, se há tantos sinais da sua importância e vitalidade? Por exemplo, chegam notícias de que no Project Gutenberg, biblioteca digital criada por voluntários, o número (163) de livros em português ultrapassou o das obras em castelhano. Espera-se que George W. Bush não pense que os brasileiros se exprimem numa espécie de variante da língua dos mexicanos...2. ... porque depressa reconhecerá que a maior parte das...
Fugir às regras
1. Evitamos esta palavra ou aquela expressão porque soam mal, mesmo quando se trata de formas correctas. Porque acontece isso? Ana Martins sugere respostas e levanta mais questões no Pelourinho.2. As dúvidas deste dia centram-se na onomástica, isto é, no estudo dos nomes próprios. Mostra-se assim que o apelido Fiúza remonta ao latim fidūcia e que Vítor e Vitória têm a mesma raiz. Enfim, os nomes próprios ilustram bem como as palavras traçam um percurso histórico individual e podem esquivar-se à generalização de regras...
Para quê aprender português?
1. Mais uma vez, a comunicação social dá conta de como pode ser contraditória a relação entre a imagem e a realidade das línguas. Ao que parece, o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, argumentando que se trata de uma medida despesista do Congresso norte-americano, vetou uma proposta de apoio financeiro ao ensino do português naquele país. Em Portugal, o Secretário de Estado Adjunto da Educação revelou que o número de alunos de Português curricular no estrangeiro aumentou 4,57 por cento em relação ao ano passado. Estamos a...
Reacções à entrada em vigor do Acordo Ortográfico e à proposta de recurso ao inglês nos cursos de mestrado
Após o recente anúncio do Governo português segundo o qual o Acordo Ortográfico vai ser assinado por Portugal até ao final do ano, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) exige a continuação do debate. No Brasil, Evanildo Bechara reage contra a timidez do Acordo que, segundo o linguista, não simplifica suficientemente as regras do hífen nem as da acentuação gráfica.Mas não é só o Acordo que provoca reacções: o anúncio da adopção do inglês em cursos de mestrado (segundo ciclo de estudos superiores de acordo com...
Centenário de Rebelo Gonçalves
1. Assinalamos neste dia o centenário do lexicógrafo Francisco Rebelo Gonçalves. Da sua extensa obra, importa relevar o Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra Editora, 1966) muito procurado e esgotado há décadas.
2. O Acordo Ortográfico foi à Assembleia da República: a ministra da Cultura garantiu que Portugal assinará o protocolo modificativo até ao final do ano, mas que vai pedir um adiamento de 10 anos para a entrada do documento.
3. Um mesmo verbo pode ter várias regências, de que resultam matizes a nível do...
Falar por metáforas
Com que então caiu na asneira De fazer na quinta-feira Vinte e seis anos! Que tolo! Ainda se os desfizesse... Mas fazê-los não parece De quem tem muito miolo! (João de Deus, "Dia de anos", in Poesias Líricas Completas) A metáfora não é um fenómeno acantonado apenas à literatura. É também um processo semântico, um mecanismo de conceptualizção do mundo reflectido na língua, idiossincrático de uma comunidade de falantes. Daí que haja alguma contradição em chamar metáforas mortas a expressões como pernas da mesa ou dentes do pente:...
Acordo ortográfico: tema de recurso?
Quando não há nada para discutir, discute-se o acordo ortográfico — à semelhança do que os ingleses fazem com o tempo atmosférico?Francisco José Viegas dá-nos uma visão céptica e pragmática face ao (iminente?) desfecho da questão do acordo.Se é verdade que se trata de mudanças que afectam apenas a grafia da língua — facto que é importante sublinhar —, não é menos verdade que é na norma ortográfica do português europeu que mais alterações há a registar.Questões d'aquém e d'além ortografia: acima de tudo, há que olhar para o mapa e para a...
Estudos sobre Língua Portuguesa
Vários estudos, várias épocas, vários contextos e necessidades: a descrição de diferentes dimensões da língua é trabalho sempre em recomeço. Obras de referência como Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa e Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, de que se reclama reedição urgente 1 (ver O centenário de Rebelo Gonçalves) ou obras de aplicação como Projectos de Escrita são exemplo da longevidade e vitalidade da investigação sobre a língua portuguesa.Uma área de trabalho premente é, sem dúvida, a do ensino de...
