1. É verdade: é o Dia das Mentiras. O calendário está quase preenchido com dias dedicados a causas nobres. Pois o dia dedicado à mentira também tem o seu mérito. Mau seria se tivéssemos de ter um dia dedicado à verdade. Assim, polarizadas, verdade e mentira estão bem: toda a verdade, de um lado, e a absoluta mentira, do outro. Abaixo a inverdade, a meia-verdade e o omissio veri, sugestio falsi!
2. Seja com verdades, seja com mentiras, o certo é que, por vezes, um indivíduo fica sob pressão, sofre pressões, até que lhe salta a tampa... que ninguém gosta de se ver apertado.
1. Como é que se diz/escreve? Graffiti, grafíti, graffito, "graffitos"? Uma certeza, porém: grafite é outra coisa.
2. Ainda a propósito da necessidade de um Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa para o português europeu: lança-se aqui o repto para uma petição.
3. Diz-se «andar a cavalo» e «andar de burro» e também há «andar de cavalo para burro»; depois temos o asinino, o asinário, o jerico e a cavalgadura, por oposição à alta cavalariça. Mas no que toca a alimárias ferradas é a fama do burro que mais sai prejudicada — muito injustamente, aliás.
Se é ponto assente que a língua varia e que todas as variações sincrónicas são objecto de descrição, ainda que não legitimadas, porque é que a desadequação de nível/registo causa tantos constrangimentos (sociais e profissionais)?
Propomos para este dia um relance sobre o tema norma, erro e variação linguística, à luz de diferentes perspectivas:
1. O Páginas de Português de domingo, 29 de Março (Antena 2, 17h00*), incluirá uma entrevista com a linguista e consultora do Ciberdúvidas Sónia Valente Rodrigues, autora de um estudo sobre o discurso polémico em Camilo Castelo Branco. O resumo desse estudo (tese de doutoramento) encontra-se no sítio da Casa de Camilo.
2. Na rubrica Ensino, Alina Villalva, professora associada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), e uma das autoras de Gramática de Língua Portuguesa, dá um parecer muito crítico sobre os novos programas de Português para o ensino básico em Portugal.
3. O Cuidado com a Língua! de segunda-feira, dia 30 (RTP 1, 21h18*), faz uma incursão pela Índia e, em particular, por Goa e a sua exuberante culinária, com palavras que despertam sabores da memória: vindalho, chamuça, açafrão e gengibre... Fique também a saber ainda a origem da expressão «vaca sagrada» e do termo guru.
* Hora oficial portuguesa.
1. O crioulo cabo-verdiano é o tema central do programa Língua de Todos de sexta-feira, 27 de Março, (RDP África 13h15*; com repetição no sábado, dia 28, às 9h15*), a pretexto da estreia, em Lisboa, da ópera do compositor Vasco Martins, com quem decorrerá uma conversa. Outro tema: que palavras com prefixos de negação para definir «aquilo que não se pode ferir», «aquilo que não se pode mudar», «aquilo que não se pode escutar», «aquilo que não se pode conciliar»?
2. A rubrica Notícias faz eco das expectativas criadas no Brasil à volta da publicação em 19 de Março último do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras.
3. O Páginas de Português de domingo, 29 de Março (Antena 2, 17h00*), incluirá uma entrevista com a linguista e consultora do Ciberdúvidas Sónia Valente Rodrigues, autora de um estudo sobre o discurso polémico em Camilo Castelo Branco.
* Hora oficial portuguesa.
1. O possessivo seu tanto equivale a dele ou dela e a deles ou delas, como pode ainda referir-se ao que é posse de um interlocutor. Esta ambiguidade dá o mote ao escritor português Miguel Esteves Cardoso para uma crónica humorística que divulgamos no Pelourinho.
2. Continuamos a seguir as diferentes reacções à publicação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) pela Academia Brasileira de Letras. Sobre o assunto, incluímos nas Controvérsias uma reportagem do jornal português Público.
Fala-se da Galiza como a região espanhola que guarda maior afinidade com o mundo lusófono. Não obstante, é da Estremadura espanhola (províncias de Badajoz e Cáceres) que chegam sinais de interesse surpreendentes: o governo regional estremenho começou uma campanha intitulada, "Aprende português, abrir-te-á muitas portas", a qual se prolongará até Setembro, para estimular os cidadãos a conhecerem a nossa língua. Pretende-se ainda que os alunos da região optem pelo português na sua formação.
1. Se, em Portugal, o novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras suscitou interesse e muitas interrogações, no Brasil, os linguistas receberam-no com críticas (ver rubrica Acordo Ortográfico).
2. Bota-abaixismo é um neologismo com história antiga, como nos revela Ana Martins em O Nosso Idioma.
3. Qual a origem das palavras cesariana e fraldas? E porque é que bebé leva só um acento (agudo no português de Portugal e circunflexo no do Brasil)? Diogo Infante, no Cuidado com a Língua! de segunda-feira, dia 23 de Março de 2009 (RTP 1, 21h18, hora oficial portuguesa), de visita a uma maternidade, à conversa com uma pré-mamã: a locutora Ana Galvão.
1. O que faz lei na língua?
Porque é que um Vocabulário Comum é indispensável?
Em face da efectividade do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, pela Academia Brasileira de Letras, há pertinência em elaborar um Vocabulário Ortográfico português?
Qual a posição dos demais países lusófonos a este respeito?
Portugal ainda tem pretensões de «antigo patrono da língua»? E são essas pretensões legítimas?
Eis alguns tópicos em foco no texto do nosso consultor D´Silvas Filho, que neste dia relevamos.
2. Qual a origem das palavras cesariana e fraldas? E porque é que bebé leva só um acento (agudo no português de Portugal e circunflexo no do Brasil)? Diogo Infante, no Cuidado com a Língua! de segunda-feira, dia 23 de Março de 2009 (RTP 1, 21h18, hora oficial portuguesa), de visita a uma maternidade, à conversa com uma pré-mamã: a locutora Ana Galvão.
A Academia Galega da Língua Portuguesa apresentou o Léxico Galego, a ser incorporado no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), na sede da Academia das Ciências de Lisboa, no passado dia 18 de Março — no mesmo dia em que a Academia Brasileira de Letras (ABL) apresentava, em Brasília, o dito Vocabulário. A Academia das Ciências de Lisboa limita-se ao papel de cicerone.
Entretanto, a ABL fez notar que o Art. 2.º do texto do Acordo prevê apenas a elaboração de um vocabulário comum de termos de especialidade, e não um vocabulário ortográfico comum (em confronto com informações que foram veiculadas na imprensa portuguesa). Portanto, o VOLP elaborado pela ABL é legítimo e necessário. O facto de Portugal não ter empreendido esforços para se juntar a esta empresa não lhe deixa grande espaço para criticar a iniciativa.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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