Está em preparação a definição de metas de aprendizagem para o ensino básico. Foi esta a justificação dada pelo Ministério da Educação português para a decisão de adiar a entrada em vigor dos novos programas de língua portuguesa dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos.
A reacção da comunidade não foi positiva: estavam a decorrer acções de formação sobre os novos programas e os manuais escolares estavam a ser ultimados. Uma dúvida assoma na consciência de todos: trabalho deitado fora?
Tudo irá bem se acabar bem. Neste caso, acabar bem é aumentar o fluxo efectivo das aprendizagens dos alunos, de modo a tirar Portugal do 12.º lugar abaixo da média dos países da ODCE no que toca ao desempenho linguístico. Na lista de competências tem de estar, por exemplo, saber distinguir o registo escrito do registo oral.
O Dia dos Namorados globalizou-se. Mas, por cá, o dia para começar um namoro é quando um homem quiser. Ou, pelo menos, era assim. No Minho e Douro Litoral, principalmente, o lenço dos namorados era a declaração feita pela bordadeira ao rapaz do seu coração — ou "curaçon", como também aparece escrito.
O The Guardian distribuiu, na edição do dia 11 de Fevereiro, um pequeno livro de introdução à aprendizagem do português do Brasil. A oferta integra uma colecção destinada à promoção das línguas consideradas mais importantes para o século XXI: japonês, árabe, mandarim, hindi, russo e espanhol.
Qual o estatuto da língua gestual portuguesa? Porque é que é língua e não linguagem? De que carácter são os signos? Há uma língua gestual franca? Uma breve conversa com Joana Sousa e Rafaela Silva, intérpretes, e Ana Cláudia Nogueira, finalista do Curso de Língua Gestual Portuguesa na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), vem fazer luz sobre estes e outros tópicos.
Dia do Intérprete de Língua Gestual Portuguesa, 22 de janeiro – 1.ª parte, ESECTV (ESEC), 10 de fevereiro de 2010
Dia do Intérprete de Língua Gestual Portuguesa, 22 de janeiro – 2ª Parte, ESECTV (ESEC), 10 de fevereiro de 2010
N. E. – Conteúdo alterado e atualizado em 02/04/2020.
O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, vai celebrar o Carnaval. Pretexto para a folia? Não só. Afinal, o Carnaval tem lugar cativo da língua, no vocabulário e em expressões fixas, que extravasam para a literatura, pela mão de Manuel Bandeira ou de Mário de Andrade, entre outros.
A propósito, sendo esta uma época de exageros e desregramentos, como é que a língua acompanha e instaura esse impulso de desmesura? Através do redobro de sufixos aumentativos e diminutivos, por exemplo.
Nas escolas, nas autarquias e nos jornais regionais não se discute sequer, ainda, como vai ser feita a aplicação do Acordo Ortográfico. Esperar que os outros o apliquem para ver como é parece ser a atitude geral, indiciadora de reservas e receios — aliás, injustificados. Afinal, o Acordo resume-se a cinco macrorregras (para o português europeu):
1. Catherine Ashton lidera desde Novembro a política externa da União Europeia. Para os franceses há um problema: lady Ashton não fala francês. Este foi apenas o mote para a França renovar acções para assegurar a vitalidade do francês como língua diplomática nas organizações internacionais. As tensões recrudescem.
2. Entretanto, Portugal continua de olhos postos em África: Bamako, no Mali, vai receber um centro de língua portuguesa, anunciou Luís Amado. O ensino do português e o desenvolvimento de relações económicas seguem de mão dada.
3. A língua é viva e evolui — é hoje um chavão, mas no séc. XVI as línguas vulgares eram calibradas em função do grau de aproximação morfológica ao latim:
Acrescentámos à nossa secção Antologia um excerto de Diálogos em Louvor da Nossa Linguagem, de João de Barros, evocativo deste tema.
Este Acordo dava um romance, terá um dia pensado José Eduardo Agualusa. É caso agora para dizer que, se bem o pensou, melhor o fez (ou está a fazer...): está previsto o lançamento, para Outubro, de mais um livro do autor de Fronteiras Perdidas: a história passa pelos diferentes países de língua oficial portuguesa, e o pano de fundo é o Acordo Ortográfico.
Afinal, não é só Paulo Coelho que está abundantemente (e bem) representado na Amazon. Fernando Pessoa também lá está, em edição Kindle — para e-reader, PC, iPhone e iPod.
Há alguns poemas do autor de Tabacaria que, entretanto, podem ser lidos aqui mesmo. Especificamente sobre a língua portuguesa, seleccionámos três.
Foi notícia: 7 mil línguas podem desaparecer ainda neste século, à razão de uma por cada 14 dias.
Em Angola, a Constituição da República prevê o ensino das línguas nacionais nas escolas. Que problemas práticos se levantam aquando do desenvolvimento de um ensino multilingue em Angola? Que estudos precisam de ser feitos antes da assunção de medidas? Como assegurar a preservação do quimbundo, umbundo, ganguela, fiote, chócue, cuanhama? O ensino do português pode ser prejudicado? Estas são algumas das perguntas visadas no artigo de Ângelo Feijó, no Jornal de Angola.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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