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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

No Brasil, o projeto Rock Educativo (do compositor Marcelo Darcini), lançado pela Banda Sujeito Simples, apresenta músicas que têm como tema a língua portuguesa — como, por exemplo, o substantivo, os pronomes pessoais, o advérbio, a preposição, a crase, etc. Uma forma agradável de se encarar o estudo do idioma.

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A existência de massivo a par de maciço e a dicionarização de bué poderão ser vistas como atos de capitulação, ou de infração das normas? Significa isto que poderemos ouvir o presidente da República dizer que a presente crise é «bué difícil»? Leia a reflexão em torno destas duas palavras e, também, do termo alcoolemia.

Outros destaques das respostas deste dia são a semântica de vítima e da expressão «mexer com», assim como a gramaticalidade de «foi-o».

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«Estou confuso com» ou «estou confundido com…» e «Fantasiado pode ser também adjetivo?», questões que remetem para a particularidade de cada caso da sintaxe dos verbos, em que a ocorrência de dois particípios (irregular e regular) gera dúvidas sobre o seu uso e a ambivalência como adjetivos.

A flexão e a classe das palavras são os outros temas em foco: conetores e conjunções, nomes e adjetivos, determinantes e pronomes, advérbios e verbos.

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Tal como na vida em sociedade, a ordem (e a posição) dos constituintes na frase não surge por acaso, conferindo cada posição um determinado sentido aos elementos do enunciado. Por isso, os pronomes e os advérbios estão em foco neste dia.

Relativamente aos pronomes: não é arbitrário o uso de qualquer forma pronominal, pois está intimamente relacionado com a respetiva função na frase; a hifenização das formas verbais conjugadas com pronomes, como marca distintiva de outras formas verbais graficamente semelhantes; a colocação pronominal nas formas de futuro e nas locuções verbais.

Quanto ao advérbio: a sua posição determina, também, a relação com os constituintes da frase.

A fonética, a pronúncia das palavras, determina a sua acentuação, assim como a identificação das sílabas de uma palavra com o digrama qu- (gerador de posições controversas), outros temas da atualização do consultório.

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Neste dia, damos destaque a perguntas sobre nomes e lugares. Qual a origem geográfica de Nabaes? Qual a forma dos nomes de dois famosos arquipélagos gregos do mar Egeu? E Rua da Dubadoura é mesmo assim que se escreve?

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«Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?», «Tantas vezes vai o cântaro à fonte, que um dia lá fica», tal como tantos outros provérbios, mantêm-se vivos na realidade da língua deste século XXI como testemunho do reconhecimento de verdades da sabedoria popular. A ida à fonte, o cântaro e o rabecão, atividades e utensílios que se perderam, não perdem o sentido que lhes confere a atualidade, servindo como referência de experiências de outros tempos que servem como modelos de vida.

O léxico não deixa de marcar presença, mostrando as dúvidas sobre o uso de termos semelhantes — julgo, jugo e julgamento —, assim como as questões entre o emprego do acento agudo e do grave.

Morrer de fome, não há dúvida de que é um caso complexo não só na vida real como na análise da estrutura frásica, funcionando como um todo e não como realidades isoladas. Mas essa já não é a situação de outra expressão preposicionada — «por Tomar». E onde se encontra o pressuposto e o subentendido numa frase tão clara como «Amigo verdadeiro é aquele que está sempre a seu lado»?

Semântica, léxico, ortografia e sintaxe são, assim, os temas das respostas deste dia.

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A escrita dá forma gráfica às palavras, procurando representar o mais fielmente possível as particularidades dos sons da fala, da pronúncia de cada fonema. No entanto, nem sempre se torna claro o modo correto de se pronunciar certas palavras a partir da sua grafia. É o que sucede, por exemplo, com a pronúncia de palavras de origem estrangeira (Ivens =”ivens”, "aivães", aivẽis" ou "áiveneze"?). Por isso, a acentuação gráfica tenta materializar as caraterísticas das sílabas tónicas, marca de diferença de outras palavras idênticas (condição impeditiva para a homografia?). Como elemento distintivo da pronúncia, em que medida é que o Acordo Ortográfico introduziu alterações à acentuação gráfica?

O que significa «ópio social»? E qual a diferença entre recensão e análise críticas? Semana, horas e minutos são coletivos? É de regra flexionar-se qualquer adjetivo que ocorra numa expressão com um nome? Do valor de uma metáfora que se vulgarizou à especificidade de conceitos de natureza prática, perguntas que requerem o estudo da relação entre o  léxico, a semântica e a morfologia.

Há muitas frases em que o pronome quem faz parte do sujeito, colocando questões não só a nível da pontuação como também da sua análise sintática. Assim, a sintaxe marca também presença nas respostas da atualização do consultório.

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As respostas deste dia giram à roda da reflexão sobre a construção dos enunciados, o que conduz, impreterivelmente, ao universo da sintaxe. Área complexa da linguística que a muitos pode parecer um mundo restrito aos especialistas, a realidade é que a sintaxe não sobrevive sem os mais simples discursos de todos nós.

Muitas são as questões que se podem levantar, sobretudo, a nível da clareza de uma frase, devido à ausência do paralelismo sintático, à hesitação no domínio da concordância numa frase com predicado nominal… Importa entrar-se na especificidade da análise sintática, tendo em conta diferentes sentidos do verbo, para se verificar a possibilidade de novas leituras sobre a função de uma determinada estrutura e para nos apercebermos de que não é possível a separação dos constituintes de cuja união resultou um novo conceito, como é o caso de do constituinte preposicionado «na praia».

Intimamente ligada à semântica e à morfologia, a sintaxe não descura a atualização da terminologia linguística (como, por exemplo, dos conetores), para que daí resulte a classificação correta das frases e orações.

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Presa, pressa e prensa são três palavras, simultaneamente, distintas e idênticas. De valor e pronúncia diversos, têm em comum praticamente o mesmo conjunto gráfico, sobressaindo o peso do uso do s, simples ou dobrado. Em que regras nos podemos apoiar para sabermos quando usar um s e os ss (dobrados)? Terá havido alterações com o Acordo Ortográfico em palavras que se escreviam só com um s?

Penetrar na complexidade da análise sintática implica uma reflexão sobre os possíveis sentidos das construções, estabelecer-se relações entre as situações semelhantes e de contraste, para que se possa chegar a conclusões. É este o caso da análise da frase lapidar «A vida é muito curta para ser pequena».

«Quando os políticos abusam, o povo levanta-se», uma outra frase forte, carregada da assertividade emotiva das certezas absolutas. A única dúvida que ocorre é a da posição do pronome, tema frequente que é objeto de outras duas respostas: a das particularidades da colocação dos pronomes no Brasil, e a da (a)gramaticalidade de uma frase em que a repetição de sons — «Fi-lo» e «qui-lo» — provoca estranheza.

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Adotar uma palavra para a usar por tudo ou por nada tornou-se prática corrente. É o caso do emprego do termo tipo («tipo assim…»), cujo sentido se vai esbatendo no discurso do quotidiano.

De qualquer modo, a precisão do léxico é um bem que a grande maioria procura, para que não haja hipótese de má interpretação. Por isso, importa conhecer a diferença entre enterro e sepultamento, o nome exato dos adeptos de um clube angolano, a flexão dos epicenos, os coletivos das palavras mais simples, assim como a identificação, a formação e o valor dos diminutivos. Ao fim e ao cabo, tudo isto implica saber-se, também, as relações entre as palavras. Questões aparentemente simples, mas que requerem o crivo da precisão linguística.