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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Embora a língua portuguesa valha 17 % do Produto Interno Bruto de Portugal, essa dimensão económica anda subaproveitada — é uma das conclusões de um estudo encomendado pelo Camões — Instituto da Cooperação e da Língua. Segundo notícia do jornal Público, a avaliação feita mostra ainda que «a proximidade linguística tem um peso importante no investimento português no estrangeiro e, de forma mais mitigada, no investimento direto estrangeiro em Portugal», além de apontar para a necessidade de «"pensar o ensino da língua como uma indústria", nem que seja pelas oportunidades de emprego possíveis».

Mas não se pense que o valor do português existe só para os seus atuais falantes. Uma das revistas mais conceituadas do mundo, a Monocle, escreve na edição deste mês que «está na hora de aprender a falar português, porque afinal há 250 milhões de lusófonos no mundo».

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Dois projetos de investigação do Programa Carnegie Mellon Portugal podem ajudar a projetar o português em todo o mundo, através da inovação nas tecnologias da língua. Um traduz automaticamente fala para fala, outro permite o ensino da língua portuguesa assistido por computador: PT-STAR — Investigação Avançada em Tradução de Fala de e para Português — e REAP.PT — Ensino de Língua Assistido por Computador.

 

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Os nomes próprios traduzem-se? E certos neologismos criados por necessidades téoricas? As respostas encontram-se na nova atualização, na qual se mostra igualmente que há erros que acabam por fazer parte de uma variedade regional, apesar da chamada norma culta — é o caso da mudança semântica e flexional do verbo manter em certos registos do português de Angola. Mas, a propósito de outra pergunta, convém não esquecer que a correção criteriosa é também aquela que não ignora as exceções à regra, como exemplifica a ocorrência do particípio regular libertado na voz passiva.

Não obstante, há erros indesmentíveis: é o que se evidencia no texto Falar bem, respigado de um editorial do diretor do jornal i, Eduardo Oliveira e Silva, a respeito do emprego incorreto de racionamento e de devolução no espaço mediático português. E onde se recomenda o «uso  intensivo, quando não obrigatório», do Ciberdúvidas...

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Akira Kono, professor de Língua Portuguesa e Linguística na Escola de Letras e Cultura da Universidade de Osaca, no Japão, durante uma conferência sobre o ensino de português naquele país, dá conta da presença cada vez mais forte do Brasil como parceiro económico. O contacto dos japoneses com a língua portuguesa é recorrente: foi no século XVI, com a chegada dos jesuítas ao Japão; foi no princípio do séc XX, com a chegada de imigrantes japoneses ao Brasil — e é agora. De salientar, a propósito, que a Porto Editora detém a primazia, em Portugal, da publicação do dicionário japonês-português.

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Como já aqui ficou assinalado, o regresso ao funcionamento regular do Ciberdúvidas só foi possível graças à mobilização de um grupo de consulentes à volta da campanha SOS Ciberdúvidas. Como tributo da nossa gratidão e de homenagem para com eles, fizemos questão de os assinalar devidamente.

Um regresso que contou ainda com um apoio financeiro, até ao fim do corrente ano, do secretário de Estado da Cultura português, Francisco José Viegas, no seguimento de um protocolo estabelecido com o Fundo de Fomento Cultural. Para além do patrocínio com que continuamos a contar da Fundação Vodafone Portugal e do apoio da Universidade Lusófona, em cujas instalações em Lisboa funciona o Ciberdúvidas. Importante foi igualmente o destacamento, por parte do Ministério da Educação português, dos professores Carlos Rocha e Ana Martins para a coordenação do Ciberdúvidas e da Ciberescola e dos Cibercursos, respetivamente.

São apoios decisivos, mas infelizmente ainda aquém dos custos de manutenção do Ciberdúvidas e dos seus outros dois projetos à volta da língua portuguesa. É nessa medida que mantemos o apelo a quantos, por esse mundo fora, consultam regularmente este serviço, gracioso e de acesso irrestrito, para contribuírem de algum modo no SOS Ciberdúvidas. A sua adesão e os indispensáveis esclarecimentos suplementares podem ser solicitados pelo endereço sosciberduvidas@gmail.com.

A todos, os nossos agradecimentos.

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A melhor maneira de promover a língua portuguesa é criar as condições para que ela seja abundantemente ensinada, com os melhores meios e recursos. No Brasil, esta consciência é muito clara. A Divisão de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP) atua em mais de 40 países por intermédio da Rede Brasileira de Ensino no Exterior (RBEx), de que fazem parte os Centros Culturais Brasileiros, os Institutos Culturais Bilaterais e os leitorados. Por sua vez, a presença de professores brasileiros em Timor-Leste é necessária e bem-vinda.

O Ciberdúvidas, nas secções Ciberescola e Cibercursos, concorre também para este desígnio, através da disponibilização gratuita de exercícios interativos e materiais de ensino, assim como através de cursos a distância, realizados por videoconferência (presentemente com candidaturas abertas). A Ciberescola é também, por isso, um espaço de partilha e de interação com todos os alunos e professores de Português Língua Estrangeira (PLE). Deixamos neste dia alguns conselhos que podem ser úteis na condução de aulas de português para estrangeiros.

A abertura à comunidade de professores e alunos de PLE estende-se ao Facebook, através do nosso grupo (aberto), onde recebemos sugestões e opiniões de todos quantos acompanham o nosso trabalho, e através desta página. Há também o nosso blogue, destinado igualmente a divulgar as ações que empreendemos.

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Uma das novas questões em linha aborda um caso curioso, o da diferença entre criação e "creação", que teve grande sucesso entre o século XVII e princípios do séc. XX, mas que hoje não é aceite. Embora se trate da mesma palavra, criação, a valorização de uma das respetivas aceções por determinados meios religiosos e filosóficos ditou o aparecimento de um vocábulo com direito a grafia própria, "creação". Este exemplo pode ilustrar uma atitude voluntariosa perante as realidades linguísticas, a que o investigador brasileiro Mário Viaro (Etimologia, Lisboa, Editora Contexto, 2011, p. 109) chama "vaugelasianismo" (de Claude Favre de Vaugelas, que viveu entre 1585 e 1650), ou seja, a tentativa de corrigir as línguas, moldando-as artificialmente a certos esquemas ideais.

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Com a introdução do inglês no 1.º ciclo, Portugal entra para o grupo dos países europeus que mais cedo introduzem uma segunda língua no ensino obrigatório. A tendência é claramente para baixar a idade de aprendizagem de uma língua estrangeira: em Malta, o ensino de uma língua estrangeira começa aos 5 anos; na comunidade germanófona da Bélgica, as crianças começam a aprender o francês aos 3 anos. Ler notícia aqui.

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O prometido é devido: o candidato à câmara de Genebra prometeu que o ensino do português seria uma realidade nas escolas primárias daquele cantão, e agora está em marcha a petição para um referendo que legitime popularmente uma pretensão defraudada. A petição foi lançada por famílias portuguesas e brasileiras. Ler notícia aqui.

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Elsa Rodrigues dos Santos, presidente da Sociedade da Língua Portuguesa, faleceu na quarta-feira, 19/09/2012, em Faro, em cujo hospital fora internada de urgência, vítima de sépsis. Natural de Lourenço Marques, atual Maputo, Moçambique, Elsa Rodrigues dos Santos era licenciada em Filologia Românica, com o mestrado em Literaturas Brasileira e Africanas de Língua Portuguesa pela Faculdade de Letras de Lisboa. Foi professora do ensino secundário e professora convidada da Universidade Lusófona e do Instituto Superior de Ciências Educativas. Autora de várias obras, entre elas As Máscaras Poéticas de Jorge Barbosa e a Mundividência Cabo-Verdiana, de 1989, ou ainda Jorge Barbosa – Poesia Inédita e Dispersa, assinou ainda ensaios e estudos, entre eles trabalhos sobre os poetas Corsino Fortes e Arménio Vieira, centrando grande parte da sua atividade na divulgação de outros autores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Foi ainda coautora do livro Grandes Dúvidas da Língua Portuguesa. O Ciberdúvidas fica-lhe a dever a sua continuação, graças ao papel que teve, conjuntamente com os seus pares da direção da SLP, depois do desaparecimento de João Carreira Bom.

[Ver, ainda, Francisco José Viegas salienta defesa da língua portuguesa por Elsa Rodrigues dos Santos + Em defesa da língua portuguesa + Quo vadis, Educação?]