A partir desta data, o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa volta a estar acessível, com todas as suas rubricas ativas, incluindo o consultório, em novos servidores – os do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Sendo assim, à parte os anteriores e tradicionais endereços do Ciberdúvidas, que se mantêm (www.ciberduvidas.pt e www.ciberdúvidas.com), o alojamento em novo servidor, do ISCTE-IUL, acrescentou um terceiro: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt.
A mudança é considerável, tendo exigido a alteração do visual gráfico, o aperfeiçoamento da pesquisa quer de respostas quer dos textos das demais rubricas e a criação de novas funcionalidades, sempre no intuito de facilitar a consulta destas páginas. Há 18 anos dedicado a esclarecer, divulgar e debater temas da língua portuguesa, este serviço gracioso regressa, portanto, com renovada energia ao convívio de quantos querem conhecer melhor a língua que falam para a utilizar com critério e adequação.
Encontrando-se ainda esta reestruturação do Ciberdúvidas em fase de acertos informáticos, todas e quaisquer anomalias eventualmente detetadas por quem o consulte por estes dias, muito agradecemos nos sejam comunicadas por este correio eletrónico: ciberduvidasdalinguaportuguesa@gmail.com .
Este é também o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o que significa que os festejos abrangem a própria língua a que o poeta quinhentista soube dar dimensão universal e que hoje é património de oito povos. Em sinal desta efeméride e porque, para o Ciberdúvidas, é dia de mudanças, deixamos um dos mais famosos poemas camonianos, não da épica, mas da importantíssima obra lírica que o poeta nos legou (texto igualmente disponível na rubrica Antologia):
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem – se algum houve – as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soía.