DÚVIDAS

Mulheres na tropa

Por imperativos legítimos de igualdade, agora temos mulheres na tropa e, possivelmente, alferes com licença de parto. Gostava de saber como é que os e as militares estão a denominar na prática vários nomes que, até há pouco, só eram utilizados no masculino. Em alguns casos, como militar, grumete, guarda-marinha, alferes, almirante, o nome será invariável (alferes vem do árabe "al-fáris", «cavaleiro; escudeiro»; e, apesar do seu carácter masculino, parece-me aguentar os dois géneros...). Mas soldado? E cabo, furriel, sargento, piloto, aspirante, tenente, capitão, comandante, capitão-tenente, major, tenente-coronel, coronel, chefe de Estado-Maior, brigadeiro, comodoro, general, marechal, comandante-chefe?

Pode o precioso Ciberdúvidas fazer um balanço das novas denominações femininas das forças armadas portuguesas?

Muito obrigada.

Resposta

O cada vez maior número de mulheres na tropa é que há-de comandar as novas denominações. É sabido que para algumas já existem femininos antigos (coronela, generala, marechala), entre os quais sargenta tinha valor burlesco. Aspirante já dava para os dois géneros (neste caso, sexos), mas há a variante aspiranta só para o feminino, claro; outro tanto se diga quanto a comandante ou comandanta. O feminino capitoa, embora dicionarizado, não me parece que vá ser aceite no meio militar. Almiranta também está registado, major é natural que fique para os dois géneros, cabo não admite feminino, "a priori", e os outros postos a ver vamos!

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa