A forma-padrão geralmente dicionarizada é vagem, no sentido de «feijão-verde» (cf. Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa). Contudo, alguns dos dicionários consultados registam também bagem, vage (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) e bage (idem; também como topónimo na Infopédia), todas variantes claramente populares, em especial as duas últimas, porque apresentam a redução de -gem a -ge, como acontece em muitos dialetos do português: "virge" (em vez de virgem), "image" (em vez de imagem), "portage" (em vez de portagem). Note-se que, na ortografia anterior à reforma ortográfica de 1911, se podia escrever "baje", com j. De todos os modos, o que importa frisar é que Eça de Queirós parece ter pretendido empregar "baje" – explorando o preconceito, é certo – no intuito de salientar as origens populares, a falta de refinamento e a pouca cultura da personagem de D. Felicidade, assim criando um efeito de cómico nessa cena de O Primo Basílio.
OBS. – Mesmo no contexto da normativização da língua portuguesa, houve quem registasse as variantes populares. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de 1940 regista vage(m) com a variante bage(m), assim indicando a possibilidade de uso de vage e bage. Rebelo Gonçalves, no Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), regista todas estas variantes e junta-lhes a forma vaja.