Conta-se sempre até à sílaba tónica da última palavra do verso, o que significa que não se contam as duas últimas sílabas das palavras esdrúxulas (ou seja, proparoxítonas), já que são átonas. Veja-se o seguinte exemplo, que tem dez sílabas (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1984, p. 667):
Sob/ a/ for/ma/ de/ mí/ni/mas/ ca/mân/dulas
Neste verso, não se contam as duas últimas silabas da última palavra, camândulas1, que é esdrúxula.
1Ou camáldulas, «ramal de contas de rezar, grossas ou bugalhos» (José Pedro Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa).