Uma palavra complexa é, na definição do Dicionário Terminológico, uma «[p]alavra formada por derivação ou por composição». Sendo assim, não se pode dizer que um infinitivo é necessariamente uma palavra complexa, porque o sufixo que apresenta (-r) é flexional, não é construcional, ou seja, trata-se de um sufixo que especifica propriedades morfossintáticas de palavras variáveis (os verbos, no caso de -r) e não participa de processos de derivação de palavras. Concretizando, apesar de em infinitivos como cantar, fazer ou subir o -r ser considerado um sufixo de infinitivo, tal não significa estarmos perante palavras complexas, porque esse -r é um afixo flexional, e não um afixo da morfologia construcional.
No entanto, os verbos podem corresponder a palavras complexas, quando exibem afixos derivacionais, por exemplo, prefixos (desfazer, derivado de fazer) ou sufixos verbais (suavizar, derivado do radical suav-, do adjetivo suave). Neste contexto, o caso de nomear é interessante porque aparentemente é um derivado denominal (do radical nominal nom-, de nome, associado ao sufixo verbal -ear). Contudo, a verdade é que nomear é forma que evoluiu do latim «nomĭno, as, āvi, ātum, āre, "nomear, designar, pôr um nome, chamar pelo nome, pronunciar o nome de algo ou alguém, citar, propor para um cargo ou função, acusar alguém, dar-lhe o nome", der[ivado] de nomen, ĭnis» (Dicionário Houaiss). Sendo assim, considero que nomear é uma palavra simples, e não uma palavra complexa.