Na grafia da língua portuguesa, quimbundo, e, na grafia desta lingua nacional, kimbundu.
Quimbundo/kimbundu é a língua falada na região de Luanda-Malange. Significa: «a língua dos mbundu (ou melhor, dos ambundu, plural de mbundu)», isto é, dos habitantes da região. Assim como Kikongo significa «a língua dos Kongo (ou melhor, dos bakongo, forma plural prefixa de kongo).
Está a ser feito um esforço em Angola para fixar a grafia das línguas nacionais. No séc. XIX e no princípio do se. XX várias obras gramaticais de missionários e de angolanos usaram a letra «k» em vez de «c» (kangombe - boizinho; maka - confusão com discussão; dikamba - amigo; makamba - amigos). Era, claramente, a influência da grafia inglesa, a origem de muitos missionários protestantes a quem se deve grande parte desse trabalho de fixação das línguas nacionais angolanas. Nessa fixação contou ainda a circunstância de cada cada letra corrresponder a um som e a um só, ao contrário da língua portuguesa. Assim, o «o» terá o som de «ó», o «u» de «u», o «g» de «g» e nunca de «j», o «z» é sempre «z», o «s» é sempre «ss».
Vejamos algumas palavras terminadas em «u»:
«ngulu/jingulu» - porco/porca (animal)
«mutu/atu» - pessoa/pessoas
Mas:
«mbolo/jimbolo» - pão/pães (o último «o» lê-se «ô».)
No caso do texto em referência, por opção, usei a grafia corrente em Angoa pós-independência: kimbundu.
N.E. – A forma aportuguesada (e recomendada) quimbundo – registada nos principais dicionários portugueses e brasileiros – segue a regra geral na formação do respetivo género (feminino: banta) e número ( plural: bantos/bantas). Ver, a propósito, O plural de banto.