Em linguagem popular, um nó cego é um nó muito difícil ou mesmo impossível de ser desatado. Também equivale a dizer «grande dificuldade» ou «grande problema».
«Zás-trás-nó-cego» é uma expressão bastante usada no Norte e Nordeste brasileiros, quando uma pessoa faz qualquer coisa na hora, imediatamente: «Num instante eu faço isso. E – zás-trás-nó-cego!» (Mário Souto Maior).
O Dicionário Houaiss regista ainda a expressão com hífen ( nó-cego), nesta outra acepção: «aguardente de cana», «cachaça».
Na linguagem do futebol, chama-se nó cego a uma finta que deixe o adversário fora da jogada, trocando-lhe a volta (e os pés), deixando-o sem hipótese de ripostar. Mas não se reporta a nenhum tipo de finta especial. Avançados de grande habilidade, como Simões, Chalana ou Futre, serviam-se dos dois pés para iludir o sentido da finta, desequilibrando os defesas adversários, que caíam para o lado contrário da bola. A gíria do futebol também usa a expressão para defesas. Por exemplo, no Campeonato Mundial de Inglaterra de 1966, quando o defesa da selecção portuguesa Vicente Lucas deu um «nó cego» em Pelé. Ou seja, marcou-o de tal maneira, que Pelé não fez nada, ficou «amarrado».
[Ciberdúvidas agradece aos jornalistas Duda Guennes e João Querido Manha a ajuda preciosa para esta resposta.]