O verbo rir pode ser
a) Intransitivo, com sentido de assumir uma expressão feliz como em «vive rindo»;
b) Transitivo oblíquo, ou preposicionado, ou seja, vem acompanhado de um complemento introduzido por uma preposição que não introduza um complemento indirecto. Utiliza-se para indicar que se encara algo ou alguém sem muita seriedade como em «Os colegas riram da gafe»;
c) Transitivo oblíquo ou pronominal, indicando que se trata algo ou alguém de forma desdenhosa, como no exemplo retirado do dicionário Houaiss «Diante de tal petulância, o remédio é rir(-se) da sua arrogância»;
d) Transitivo indirecto, com sentido metafórico, em frases como «Desde que chegaste, os dias sorriem-me».
Analisando as possibilidades de construção em que o verbo rir pode intervir, creio que se pode concluir que, quando o verbo é utilizado como pronominal, assume um sentido mais explícito de zombaria ou de troça. Para Celso Luft, Dicionário Prático da Regência Verbal, quando pronominal, o verbo rir indicia, igualmente, maior espontaneidade.
Poderá, pois, prezado consulente, utilizar o verbo de forma pronominal ou não, dependendo do contexto e da intenção com que pronunciar a frase em que o vai inserir.