Trocadilho é um jogo de palavras e pode ser feito de várias formas para provocar sentidos diversos. As anedotas vivem de trocadilhos. Rodrigues Lapa, na sua Estilística da Língua Portuguesa, apresenta alguns, como por exemplo aquele que leva uma senhora a reagir quando ouve um cavalheiro dizer «Minha senhora, eu queria a mala», pensando que ele dissera «amá-la»…
Os exemplos que apresenta correspondem a um jogo de palavras que, em estilística, se designa por quiasmo. Em «Mais do que alma do negócio, a publicidade é o negócio da alma» podemos considerar que existe um trocadilho ou quiasmo sintáctico, pois verifica-se uma alteração do núcleo da expressão; por outro lado, podemos igualmente registar alterações de sentido que a mudança sintáctica trouxe, pelo que há também um jogo semântico, o que aliás se verifica sempre que ocorre qualquer jogo de palavras.