DÚVIDAS

Tradução de acrónimos

Porquê insistir na palavra ADN em vez de DNA? Em ciência (e a língua de comunicação em ciência – escrita e oral – é o inglês) é útil manter os acrónimos sob pena de se confundirem termos, p. ex. ATP (trifosfato de adenosina) que em português seria TFA e TFA (trifluoroacetate). E porque não em vez de LASER (light amplification by stimulated emission of radiation) em inglês usarmos ALEER?
Julgo que é importante traduzir os termos mas não os acrónimos.

Resposta

Eu costumo distinguir entre acrónimo (siglema) e sigla (siglóide). Os acrónimos são siglas que já entraram como palavras no léxico.
Por exemplo, nos casos que apresenta, há quem defenda o acrónimo láser (pronunciado como paroxítona); e quem preferir a pronúncia inglesa deve escrever a sigla LASER (maiúsculas), ou minúsculas, entre comas duplas: “laser”.
No restante, estou de acordo consigo. É preciso não confundir a defesa da língua com xenofobismo. Claro que a comunicação técnica universal deve usar a sua linguagem técnica (e, nos nossos dias, temos de aceitar que é predominantemente inglesa, dado o seu avanço na tecnologia).
Há siglas convertidas para a nossa língua que são já frequentemente usadas por nós (ex.: ADN, OTAN, etc.), e devemos usar as siglas que estejam consagradas na língua). Mas, para mim (posição pessoal, naturalmente), seria estultícia, num texto de divulgação internacional, evitar escrever, por exemplo, DNA e NATO...

Ao seu dispor,

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