Tentando ajudá-la, num assunto que não constitui afinal qualquer dúvida de português, começo por dizer que argumento é o raciocínio pelo qual, de uma ou mais proposições, se deduz uma conclusão, raciocínio seguido geralmente pelo orador em apoio da sua tese.
Os argumentos oratórios podem ser directos e indirectos. Os directos têm naturalmente conclusão afirmativa da tese sustentada pelo orador, os indirectos, a sua negação. A totalidade dos argumentos directos têm a denominação de confirmação, fortalecendo eles a tese, mas a dos indirectos, a de refutação, contribuindo estes para a rejeição das objecções do adversário.
Os argumentos constituem a parte essencial dum discurso. Todas as outras partes convergem para ele.
Se na demonstração o acento, a tónica, cai na correcção do raciocínio, na argumentação o elemento principal constitui-o a eficiência desta perante o auditório, cuja adesão à tese sustentada no discurso é seguida pelo orador.
E agora tente fabricar um texto com estas características, o que talvez não lhe seja muito difícil se quiser convencer alguém ou um auditório de algo a que lhe interessa a adesão do ouvinte (por ex., numa campanha publicitária).