Em teratologia, ou seja, a especialidade médica que se dedica ao estudo das anomalias e malformações ligadas a uma perturbação do desenvolvimento embrionário ou fetal, chama-se âmelo (substantivo masculino) o «indivíduo com ausência congênita de todos os membros» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa). A palavra deriva do prefixo grego ‘a’ («provação») e do termo também grego ‘mélos,eos-ous’, «membro, articulação nos homens e nos animais, parte ou membro musical, estrutural, elemento parcial de um conjunto». Amelia, substantivo feminino, é a «ausência congênita de um ou dos dois membros» (idem). Já agora, refira-se que há outros termos, também de origem grega, para designar a ausência de cada tipo de membros, o indivíduo em que se verifica tal ausência ou, como adjectivo, a atribuição desta característica. Assim: – apodia ou abraquionia, «ausência de pés», e ápode ou ápodo [substantivo e adjectivo], «desprovido de pés»; – abraquia, «falta congênita dos braços», e abráquio [também abraquiano e abráquico; todos substantivos ou adjectivos]; – aquiria, «ausência congénita de uma ou de ambas as mãos» (aquiro é um «peixe pleuronecto, semelhante ao linguado», segundo José Pedro Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa).