A forma adequada é a de pretérito: pudemos.
A opção por uma ou outra forma verbal prende-se directamente com o género textual implicado.
O relatório é uma relação de factos que ocorreram num tempo anterior ao tempo da redacção do texto.
Repare que qualquer acto de produção verbal é feito «no presente», mesmo o texto historiográfico, o que não justifica a omnipresença de formas verbais de presente.
Note ainda que quem diz que se deve usar pudemos quando se trata de fazer fazer prova está, justamente, a interpretar os factos relatados como passados: o que é passado é inalterável e peremptório.
Se estivesse em causa a redacção de um texto expositivo, por exemplo, de um artigo científico, era a forma de presente que devia figurar: «Em face dos resultados da experiência X, podemos concluir Y» (valor próximo do presente gnómico – ver «Textos Relacionados»).