Figura e ilustração são apresentadas como sinónimos em todos os dicionários de referência consultados, ex.: «Figura: imagem, ilustração, figuração» (Dicionário Houaiss).
Por outro lado, se atentarmos, por exemplo, nas definições de tabela e de quadro propostas pela Infopédia ou pelo Dicionário Houaiss, aparentemente, também não existirão diferenças substanciais entre estes dois conceitos.
Contudo, no sítio oficial da Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), por exemplo, é referido, de forma muito clara, que existem diferenças de formatação entre ambos:
«A tabela apresenta os seguintes elementos: título, cabeçalho, conteúdo, fonte e, se necessário, nota(s) explicativa(s) (geral e/ou específica). É dividida por linhas na horizontal, porém as bordas laterais não podem ser fechadas. Já o quadro, embora siga especificações semelhantes (título, fonte, legenda, notas e outras informações necessárias), terá suas laterais fechadas.» Estas são, efetivamente, as regras delimitadas pelas «Normas de apresentação tabular», definidas e publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em Portugal, no entanto, não parece existir (pelo menos, oficialmente) este preciosismo formal. Nas apresentações constantes do Diário da República, por exemplo, os quadros e as tabelas não apresentam qualquer tipo de diferença. Aliás, se consultarmos, por exemplo, as tabelas de IRS de 2013, publicadas em Diário da República no passado mês de janeiro, verificamos que as delimitações laterais das mesmas se encontram fechadas, ao passo que as de 2012 se encontravam abertas. Por outro lado, e ainda nas publicações do Diário da República, podemos igualmente encontrar exemplos de quadros que surgem, indiscriminadamente, com as laterais fechadas ou abertas, o que configura ausência de regras formais ao nível das referidas anteriormente.