Existem duas grandes subclasses de adjectivos: os adjectivos predicativos e os adjectivos não predicativos (ou relacionais).
Os primeiros predicam, ou seja, atribuem uma qualidade a um nome, por exemplo: bonito, quente, generoso, humilde.
Os segundos não têm uma função predicativa, mas, sim, classificatória: «jornal mensal», «flores campestres», «câmara municipal», «equipamento informático».
A principal diferença entre estes dois grupos de adjectivos é o facto de os predicativos serem graduáveis e, por isso, admitirem variação em grau:
(1) «Esse quadro é muito bonito!»
(2) «A sopa está muito quente.»
Os adjectivos relacionais estabelecem uma relação com o nome que modificam e não são quantificáveis — não admitem variação em grau:
(3) *«Essa câmara é muito municipal.»
(4) *«Este equipamento é muito informático.»
Ora, o adjectivo absoluto pertence, a meu ver, a esta subclasse de adjectivos — os relacionais —, pelo que não admite qualquer variação em grau — nem superlativo absoluto analítico, nem sintético:
(5) *«O poder do rei é muito absoluto.»
(6) *«O poder do rei é absolutíssimo.»
Nota: o asterisco indica que a frase é agramatical.