Sobre o imperativo do verbo fazer
Sou secretária e na empresa em que trabalho temos um Ato de Fé no qual estão inseridos os valores, a missão e alguns pensamentos do Conselho Diretor da empresa.
Destaco aqui um parágrafo:
«Quando tiveres terminado o teu trabalho faz o do teu irmão, ajudando-o com tal delicadeza e naturalidade que nem mesmo o favorecido repare que estás fazendo mais do que em justiça deves».
A conjugação do verbo fazer não deveria estar no imperativo (Quando tiveres terminado o teu trabalho faças (tu) o do teu irmão)?
Porém, além do «faças» não soar muito bem, deve-se evitar a mistura de tratamentos (2.ª e 3.ª pessoas) o que acontece no texto completo que eu não transcrevi aqui, sem falar que o tu é característico da região sul.
Minha sugestão foi alterar este parágrafo para a 3.ª pessoa ficando: ... que nem mesmo o favorecido repare que está fazendo mais do que em justiça deve.
Foi quando surgiu a dúvida; quem está fazendo mais: você ou o teu irmão?
Seria o caso de acrescentar a palavra você? (... repare que você está fazendo mais do que ...)
Há alguma outra solução?
Deveria ter deixado com estava já que foi retirado de um pensador antigo??
Obrigada.
