A única explicação para se considerar as formas erradas é a de não fazerem parte da norma. Numa língua, nem tudo o que é possível dentro das regras tem emprego, pois há a considerar a tradição associada ao uso de cada palavra. Deste modo, a norma é também o resultado da história.
Cantora e escritora são femininos que se formam de acordo com as regras gerais da morfologia a partir, respectivamente, de cantor e escritor. Imperatriz e actriz são excepções que só encontram a sua explicação fora dessas regras, mas dentro da história da língua, designadamente no âmbito do sua relação com o latim. Nesta língua, os nomes masculinos terminados em ‘-tor’ tinham o feminino em ‘-trix’ (‘imperator’ – ‘imperatrix’).