É verdade que a colocação do til tem variado ao longo do tempo. Em documentos antigos o til pode aparecer sobre as duas letras do ditongo nasal. Em textos impressos no século XVIII, ou mesmo antes, era frequente, se não mesmo sistemática, a colocação do til no o do ditongo (escrevia-se <aõ> em vez de <ão> como hoje). Ivo Castro, na sua Introdução à História do Português (Lisboa, Edições Colibri, pág. 208), diz a respeito de um texto manuscrito de inícios do século XVII:
«[...] o ditongo final [ ̃ɐw] é sempre grafado <aõ>, independentemente do étimo ou da tonicidade: pode ser tónico, como em Pantaleaõ, puxaõ, mas também átono, como em meteraõ, levaraõ, podiaõ.»