Halliday e Hassan (1976)1 consideram apenas as relações de dependência referencial (onde se incluem os processos anafóricos) que estão manifestamente {#projectadas|projetadas} no discurso. A ativação da anáfora, ou de uma expressão anafórica, enquanto processo de construção da coesão textual, consiste, então, no recurso a uma expressão cuja interpretação referencial depende de outra expressão (expressão anaforizada) mencionada no texto.
No entanto, esta interpretação interdita que se considere existir anáfora em sequências de enunciados em que há elipse de um termo, ou seja, em que a posição da expressão retomada ou remida não é preenchida por nenhum lexema.
Exemplo de uma sequência elíptica:
«Chegámos a uma pequena aldeia. A igreja ficava no cimo.»
(segmento elidido: «A aldeia tinha uma igreja»)
1Halliday, M. A. K.; Hassan, R. 1976 – Cohesion in English, London; New York, Longman