Tradicionalmente, distinguem-se nos sinais gráficos:
Sinais ortográficos: acento agudo, acento circunflexo, acento grave, til, trema, cedilha, apóstrofo.
Sinais de pontuação: vírgula, ponto final, ponto-e-vírgula, dois-pontos, ponto de interrogação, ponto de exclamação, aspas e aspas altas (ou comas duplas), plicas (ou comas simples), travessão, hífen, parênteses [curvos, angulares ou rectos (colchetes)], chave (ou chaveta), alínea, barra (direita e esquerda), asterisco, texto incompleto, parágrafo.
Segundo a TLEBS publicada em portaria, temos:
Acento gráfico: agudo, grave, circunflexo.
Notações léxicas: til, trema, cedilha.
Sinais de ligação: hífen, apóstrofo.
Sinais de pontuação: ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação, dois-pontos, ponto-e-vírgula, vírgula, reticências, travessão.
Sinais auxiliares de escrita: parênteses (rectos e curvos), aspas e aspas altas, asterisco, chaveta.
Configuração gráfica: alínea, parágrafo, espaço (linhas, palavras, letras), margem (superior, inferior, lateral).
NOTAS:
A TLEBS (Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário de Portugal), concebida por ilustres linguistas, depois duma demorada e elaborada gestação, foi oficializada para entrar em vigor, com numerosas e dedicadas formações. Tinha, porém, um defeito básico no seu título: parecia destinar-se na totalidade aos ensinos indicados. Isto, porque incluía também termos usados na moderna investigação científica, do ensino superior, o que pôs em polvorosa quem pensou que tudo aquilo seria obrigatório ensinar-se aos formandos do básico e aos do secundário. Ora, desde o início que recomendei simplesmente o título Nova Terminologia Linguística, NT no meu Prontuário, da Texto. Na 4.ª versão deste livro estão várias páginas com o desenvolvimento de todos os termos da TLEBS e respectivas notas explicativas.
Choveram críticas, algumas pertinentes, outras nitidamente injustas, outras ainda impróprias do nível académico de quem as fez.
A reacção superior foi encomendar uma revisão dessa terminologia. Ora, esta revisão também não ficou isenta de críticas (ver www.dsilvasfilho.com, linguística TLEBS): Simplificou e sistematizou, mas eliminou muitos termos necessários na investigação e acrescentou outros nitidamente em excesso. A diferença fundamental foi que passou a designar-se por Dicionário Terminológico, DT, e que se estabeleceram claramente quais os termos a aplicar nos diferentes graus do ensino. O DT está em linha, em http://dt.dgidc.min-edu.pt.
Numa nova versão em projecto para o Prontuário da Texto, os termos da TLEBS serão substituídos pelos do DT, se esta terminologia efectivamente estabilizar e não aparecer uma outra revisão da revisão...
Quanto ao assunto dos sinais gráficos em apreço, o DT acompanha quase a TLEBS acima indicada, acrescenta o cardinal e as barras nos sinais auxiliares de escrita, mas faz confusão nos diacríticos.
Em linhas gerais, continuo pessoalmente a apreciar a grande divisão tradicional entre os sinais que dizem respeito propriamente à ortografia e aqueles que dizem respeito à entoação na escrita. Nem sempre entendo a necessidade de partições muito pormenorizadas.
Pode até acontecer que surjam incoerências: por exemplo, o til pode ser um acento em palavras como manhã, o apóstrofo não é só sinal de ligação, é também de elisão, e, então, parece que deveríamos subdividir os sinais de ligação em duas subcategorias... Na configuração gráfica apetece-me incluir os tipos de letra (maiúscula, minúscula) e as formas de destaque (itálico, negrito, sublinhado, subscrito, sobrescrito), que aparecem em separado nas novas terminologias.