A palavra risco, significando possibilidade de perigo, provém da palavra francesa “risque”, que teve origem no vocábulo italiano “risco”, forma evoluída do baixo latim ‘rísicus’ > ‘riscus’.
Exemplos de frases em que podemos encontrar a forma do plural, na língua francesa.
“Une entreprise pleine de risques”, “Assurance tous risques ”, “Prendre un risque, des risques, ses risques ”.
Passando agora à língua inglesa, encontraremos os seguintes exemplos: “Against all risks ”, “Sea risks ”.
Dado que existem vários tipos de riscos, qual é a dúvida em usarmos o plural na denominação desta especialidade? A língua portuguesa é fortemente flexionada e aceita muito bem as formas do plural.
Como actualmente há grande interferência das línguas estrangeiras na língua portuguesa, podemos estar a ser influenciados por formas estrangeiras. Nomeadamente os franceses não distinguem oralmente o singular do plural. Devido ainda à sua cultura filosófica, têm tendência para o singular, que é usado frequentemente em formas mais abstractas.
Em contrapartida, a língua portuguesa, formada basicamente pelo latim popular, prefere as formas concretas.
E os segurados, que sustentam a actividade, não pensam nos riscos a que poderão estar sujeitos? Não têm uma visão plural da actividade seguradora?