Na nomenclatura tradicional os pronomes podem ser absolutos, quando substituem um nome, como no exemplo em 1), e adjuntos, quando se associam ao nome, como em 2):
1) «Este livro é meu.»
2) «O meu livro foi caro.»
Hoje quase ninguém se refere aos pronomes absolutos como tal. São designados apenas como pronomes, o que faz com que a categoria dos pronomes adjuntos veja a sua designação mudar, de forma, por vezes, um pouco aleatória. Por analogia com a gramática francesa que fala em pronomes, para os absolutos, e em adjectivos, para os adjuntos, esta designação surge em muitos manuais. Os seus defensores dizem que aqui o pronome funciona como um adjecivo, pois atribui uma característica ao nome: de posse em o meu livro, de distância e de proximidade, respectivamente, em aquele livro e este livro.
Celso Cunha e Lindley Cintra na Nova Gramática do Português Contemporâneo falam de pronomes adnominais, por virem junto dos nomes.
Mais recentemente, foi surgindo uma designação global que reúne todas as palavras que ocorrem à esquerda do nome: determinantes. Assim, o meu livro tem dois determinantes: um determinante artigo definido do singular masculino, o, e um determinante possessivo do singular masculino, meu. Note-se que se pode, com mais rigor, referir que estamos perante um só determinante, o possessivo, que, em português europeu, ocorre quase sempre com a realização do artigo.
Esta designação de determinante entrou na gramática de forma generalizada. É comummente aceite e evita a possível confusão que a designação comum de pronome poderia causar.